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Portugal melhora posição no Índice de Desempenho das Alterações Climáticas

Portugal ocupa atualmente o 13.º lugar, ou a 10.ª em termos dos países elencados, no Índice de Desempenho das Alterações Climáticas 2024 (CCPI – Climate Change Performance Index), subindo um lugar no ranking climático face à avaliação do ano anterior.

Divulgado recentemente no âmbito da 28ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (COP 28), que se realizou recentemente no Dubai, o CCPI é um instrumento que traduz o desempenho das políticas climáticas de cada país e no seu cálculo entram os progressos em matéria de mitigação climática de 63 países e da União Europeia, que representam 90% das emissões no mundo inteiro. As quatro categorias avaliadas são: emissões de gases com efeito de estufa (com um peso de 40%), energias renováveis (20%), uso de energia (20%) e política climática (20%).

Qual foi o desempenho de Portugal?

Portugal é um dos país com bom desempenho no CCPI de 2024, com uma pontuação média em política climática e energias renováveis (ambas no 20.º lugar) e alta em uso de energia e emissões de gases de efeito de estufa (17.º lugar e 16.º lugar respetivamente).

Principais metas e objetivos de Portugal

De acordo com a Lei de Bases do Clima, o país deve alcançar uma redução de 55% nas emissões até 2030. 

O Plano Nacional de Energia e Clima revisto, mostra um aumento significativo da capacidade instalada de energia renovável até 2030 (principalmente de energia solar e eólica) e inclui ainda a produção de hidrogénio para exportação. Em relação à neutralidade climática o objetivo de longo prazo de Portugal prevê uma antecipação para 2045.

Portugal pretende atingir uma quota de 80% de energia renovável na produção de eletricidade até 2026.

Em termos de transportes, Portugal precisa de melhorar os seus esforços, pois poucas cidades têm planos de mobilidade urbana sustentável, o trânsito tem vindo a aumentar e o automóvel continua a ser o meio de transporte urbano e extraurbano dominante, sendo a utilização do transporte público extremamente baixa. As emissões do transporte rodoviário também têm vindo a aumentar.

 Para a indústria, a Estratégia Industrial Verde deve estar pronta até fevereiro de 2024.

Portugal também precisa de melhorar na agricultura pois este setor regista uma tendência de crescimento das emissões.

Classificações dos restantes países

Tal como nas edições anteriores, os três primeiros lugares do ranking não foram atribuídos, uma vez que nenhum país está completamente alinhado com o objetivo de manter o aquecimento global dentro do limite de 1,5°C.

 O país com a melhor classificação continua a ser a Dinamarca que ocupa o 4º lugar da lista, mas o 1º lugar relativamente aos países integrados. A Estónia e as Filipinas ocupam os restantes lugares do pódio.

 Com um ‘alto’ desempenho estão ainda países com a Índia, Noruega e Reino Unido, que apesar de pertencerem ao grupo dos maiores produtores de petróleo, gás e carvão, são distinguidos principalmente por causa da forte aposta nas energias renováveis.

A Índia, a Alemanha (14.º) e a União Europeia (16.º) são os únicos três membros do G20 com classificação alta, sendo que os restantes recebem uma classificação baixa ou muito baixa, com o Canadá (62.º), Rússia (63.º), Coreia do Sul (64.º) e Arábia Saudita (67.º) nos piores lugares. 

Em 2023, a UE adotou o pacote Fit For 55, com uma série de medidas destinadas a melhorar a legislação climática e energética da UE. O Objetivo passa por alcançar uma redução de 55% das emissões líquidas até 2030 e a neutralidade climática até 2050.

A Polónia, em 54.º lugar, é o único país da UE com classificação muito baixa.

 O maior emissor mundial, a China, estagnou em 51.º lugar, entre os países de baixo desempenho. Já os Estados Unidos, o segundo maior emissor, ocupa o 57.º lugar da lista.

 O anfitrião da COP28, os Emirados Árabes Unidos, está em 65.º lugar, sendo um dos países com pior desempenho.

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