Como está o Ambiente na Europa?

A Agência Europeia do Ambiente publica um relatório sobre o estado do ambiente a cada cinco anos e recentemente publicou o relatório “Ambiente da Europa 2025”.

Este relatório traça um retrato preocupante da situação ambiental na Europa. Apesar dos progressos alcançados na redução das emissões de gases com efeito de estufa, na melhoria da qualidade do ar e no aumento das energias renováveis, o estado geral do ambiente continua negativo, sobretudo devido à perda de biodiversidade, sobre-exploração, degradação dos ecossistemas e impactos das alterações climáticas.

Europa é atualmente o continente que está a aquecer mais rapidamente, enfrentando fenómenos meteorológicos extremos cada vez mais frequentes, como incêndios florestais, secas e cheias. 

O relatório sublinha a necessidade de uma mudança transformadora nos sistemas de produção e consumo, com foco na descarbonização da economia, circularidade, redução da poluição e proteção dos recursos naturais.

A União Europeia mantém metas ambiciosas, alinhadas com o Pacto Ecológico Europeu. O relatório defende maior investimento em soluções baseadas na natureza, descarbonização de setores-chave como transportes e agricultura e aumento da circularidade para reduzir dependências externas.

Estado do Ambiente em Portugal

O relatório identifica Portugal como um dos países do sul da Europa mais vulneráveis às alterações climáticas, devido às secas prolongadas, incêndios, erosão costeira e cheias repentinas.

Apesar disso, Portugal registou progressos significativos na redução das emissões de gases com efeito de estufa, impulsionados pelas energias renováveis, combustíveis mais limpos e novas tecnologias. Destaca ainda a melhoria da qualidade do ar e o aumento da agricultura biológica e das áreas protegidas.

Em Portugal, o aumento da literacia energética, a consciencialização e a adoção de práticas de energia sustentável estão a aumentar. O Plano Nacional de Energia e Clima tem impulsionado a inovação, com foco na descarbonização, digitalização e descentralização. As principais tecnologias incluem o hidrogénio verde, a energia solar, o armazenamento de energia, as redes inteligentes, a eficiência energética e a mobilidade elétrica.

Portugal reforçou os projetos renováveis (eólica, solar e hídrica) e prevê-se a expansão da energia eólica offshore e um crescimento significativo da energia eólica e solar até 2030.

A quota das renováveis no consumo final de energia atingiu 34% em 2020 mas a meta para 2030 é de 51%. De acordo com o relatório, os desafios incluem a integração de unidades descentralizadas, a renovação de centrais e a expansão da capacidade da rede. O armazenamento, como a energia hídrica de bombagem poderá atingir 3,9 GW e as baterias 2 GW até 2030. O hidrogénio e o biometano também são prioridades nos esforços de descarbonização da indústria e dos transportes. 

Contudo, os desafios mais significativos estão relacionados com as alterações climáticas, mudanças no uso dos solos e das florestas, bem como ao ritmo lento da economia circular e da gestão de resíduos. Superar estes obstáculos exigirá medidas mais consistentes e direcionadas para garantir um futuro sustentável.

Fonte: europa.eu

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