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Ranking da Pegada Ecológica: Portugal sobe sete lugares

A organização ambientalista WWF (World Wide Fund For Nature) apresentou recentemente a edição 2018 do relatório Planeta Vivo (RPV).

Os dados com referência a 2014, posiciona Portugal no 66.º lugar mundial em termos de pegada ecológica ‘per capita’, sete posições acima quando comparado com o relatório apresentado em 2016 (com dados referentes a 2012).

O relatório indica que Portugal “diminuiu a sua pegada ecológica ‘per capita’ de 2012 para 2014, mas ainda precisa de 2,19 planetas para “manter o atual estilo de vida ”.

O que é a pegada ecológica?

A pegada ecológica é a estimativa do impacto do modo de vida humano sobre o planeta, que traduz em hectares a área, em média, que uma pessoa ou uma sociedade necessita para responder às suas exigências diárias, como comer, vestir ou trabalhar.

Para a elaboração da edição de 2018 continuam a ser usados os indicadores:

  • Índice do Planeta Vivo (IPL), fornecido pela Zoological Society of London (ZSL);
  • Índice de Habitats da Espécie (IHE);
  • Índice da Lista Vermelha da IUCN (RLI);
  • Índice de Intensidade da Biodiversidade (BII);
  • Fronteiras Planetárias e a Pegada Ecológica (calculada pela Global Footprint Network).

 

Principais conclusões:

 A Pegada Ecológica per capita de Portugal posiciona o país no 66º lugar a nível mundial, subindo 7 posições face ao relatório de 2016, demonstrando o impacto que a crise teve no consumo dos portugueses;

 O relatório demonstra que a Pegada Ecológica dos portugueses foi sempre muito elevada comparativamente com a Biocapacidade do país, que se tem mantido mais ou menos constante desde 1961;

 O carbono, que representa 57% da Pegada Ecológica dos portugueses, e que em 2004 correspondia a 63% do valor total, foi a componente que mais decresceu;

Este indicador está associado ao consumo, mas também à alteração das fontes de produção de energia nacional, fruto da aposta nas energias renováveis;

 O IPL (Índice do Planeta Vivo), que acompanha as tendências da abundância global de vida selvagem, indica que as populações globais de peixes, aves, mamíferos, anfíbios e répteis diminuíram em média 60% entre 1970 e 2014;

As principais ameaças às espécies estão diretamente ligadas às atividades humanas, incluindo perda e degradação de habitats e sobre exploração da vida selvagem;

Dos rios e florestas, a zonas costeiras e montanhas, o Relatório mostra que a vida selvagem diminuiu drasticamente desde 1970.

Para consultar a versão completa do relatório Planeta Vivo (RPV) CLIQUE AQUI.

Ângela Morgado, Diretora Executiva da Associação Natureza Portugal, explicou que “a ligeira descida da pegada ecológica dos portugueses foi reflexo da crise económica, que criou uma oportunidade para os portugueses terem comportamentos mais amigos do ambiente”. “(..) Os portugueses têm de ter um estilo de vida mais sustentável sob pena de se verem afetados não por uma crise económica, mas por uma crise ecológica sem precedentes que põe em risco a sua vida, a dos seus filhos e netos.

O Relatório Planeta Vivo 2018 destaca a oportunidade que a comunidade global tem de proteger e restaurar a natureza até 2020, um ano crítico em que os líderes devem rever o progresso alcançado pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, no Acordo de Paris e na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).

A edição 2018 do Relatório Planeta Vivo é a 12ª edição da principal publicação bienal da WWF.

O relatório inclui as descobertas mais recentes medidas pelo Índice do Planeta Vivo que acompanham 16.704 populações de 4.005 espécies de vertebrados, de 1970 a 2014.

Fonte: WWF

Imagem de destaque: WWF

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