Estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), em parceria com a Câmara Municipal de Tondela, estão a criar uma aplicação (app) para identificar responsáveis de terrenos que necessitam de limpeza, ajudando assim a prevenir incêndios florestais.
A ideia para o projeto “Floresta Segura” surgiu na sequência dos incêndios que atingiram a zona de Tondela no ano de 2017. Percebeu-se que “um dos grandes problemas consistia em não existir um cadastro florestal completo e rigoroso do território de Tondela, a indicar a quem pertence cada território”.
Um outro problema detetado nessa zona do país, é que “os terrenos são pequenos e, num pequeno espaço de hectares, existem vários proprietários, sendo difícil contactar todos”, afirmou um dos responsáveis pelo projeto.
Para ajudar a colmatar o problema, esta equipa de estudantes universitários, criaram a APPly, uma empresa fictícia criada para concretizar este projeto.
O principal objetivo passa por otimizar o trabalho do Grupo de Intervenção Prevenção e Socorro (GIPS) e da GNR, através de uma aplicação móvel para identificação dos proprietários dos terrenos com necessidade de limpeza.
A aplicação será também útil para a recolha e armazenamento de informação relevante para prevenir futuros incêndios desta magnitude. Esta informação inclui:
- o tipo e densidade de vegetação, que afeta a probabilidade e velocidade de combustão do terreno.
Numa segunda fase, a APPly pretende promover uma cidadania mais ativa ao permitir que os cidadãos contribuam com dados que ajudem a identificar essas situações.
Os proprietários dos terrenos tinham até 15 de março para limpar as áreas envolventes às casas isoladas, aldeias e estradas, evitando multas entre 280 euros e 120.000 euros, mas o Governo decidiu suspender a aplicação de coimas por incumprimento até junho.
Fontes: Noticias.up, Ambiente Magazine
Imagem de destaque: Retirada da plataforma Pixabay.