Os resultados da Cimeira de Lima, no Peru, permitiram superar divergências e criar condições para se alcançar um acordo climático na Cimeira de Paris, em 2015.
“Em Lima a nossa tarefa era clara e foi cumprida: avançar na superação de divergências que duram há oito anos de modo a garantir que, ao contrário da Cimeira de Copenhaga, seremos capazes de, na Cimeira de Paris, no final de 2015, alcançar um acordo climático abrangente, inclusivo, ambicioso e economicamente eficiente”, referiu Jorge Moreira da Silva, a propósito da 20ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, em Lima.
Em comunicado, o ministro refere que, na Cimeira de Lima foi deliberado que todos os países – desenvolvidos e em vias de desenvolvimento – terão de apresentar as respetivas metas nacionais de mitigação das alterações climáticas, designadamente metas quantificadas e calendarizadas de redução das emissões de gases com efeito de estufa, formuladas de uma forma coerente, transparente e robusta.
De acordo com Jorge Moreira da Silva, Portugal viu reconhecida, em Lima, a sua liderança no “crescimento verde e no combate às alterações climáticas” e, tal como em 2013, Portugal foi considerado o país com a quarta melhor política para as alterações climáticas do mundo, de acordo com o Climate Change Performance Index (CCPI).
“Em Lima, os líderes do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, do Instituto Global para o Crescimento Verde e do Banco Mundial consideraram Portugal como um exemplo a seguir atendendo à proposta de Compromisso para o Crescimento Verde, à Reforma da Fiscalidade Verde e à política energética”, refere.
Nesta cimeira, chegou-se a um acordo – designado por Apelo de Lima para a Ação Climática (Lima Call for Climate Action) – sobre os elementos essenciais a desenvolver por todos os países em 2015 de modo a obter, em dezembro de 2015, um Protocolo que substitua o Protocolo de Quioto.
Fonte: Observador