Será que a energia do vento, da água e do sol poderão eliminar os combustíveis nucleares e fósseis?
Uma equipa internacional de 27 investigadores alemães, dinamarqueses e americanos, liderados por Mark Z. Jacobson, diretor do Programa Atmosfera e Energia, da Universidade de Stanford nos EUA, explicaram à revista Scientific American Magazine e à revista Joule, que um total de 139 países têm capacidade para funcionar apenas com energia renovável (energia sola, hídrica e eólica), já em 2050.
O desafio de alimentar o planeta através de energias limpas para evitar o aquecimento global e criar países auto-suficientes com energia renovável é hoje uma das maiores preocupações. Os planos de energia para o setor da energia renovável, desenvolvidos por esta equipa, afirmam que um futuro 100% renovável é uma situação possível.
O estudo examinou dados estatísticos dos setores da eletricidade, transporte, aquecimento, indústria, agricultura, silvicultura e pesca de cada país, de forma a perceber qual a quantidade de energia que cada país precisaria até 2050. Calculou como é que a energia renovável poderia abranger essas necessidades, onde poderia ir e quanto custaria. Concluindo ainda que 139 países poderão funcionar com 80% de energia renovável em 2030 e 100% em 2050.
Os 139 países reúnem 99% das emissões de dióxido de carbono (CO2) em todo o mundo. Os cientistas explicam que os Estados Unidos, a China e a UE terão mais facilidades para fazer uma transição de 100% de energia apostando em energia eólica, hídrica e solar, enquanto que outros países como a Singapura por exemplo, terão mais dificuldade por serem altamente povoados, pequenos e cercados por muitos oceanos, exigindo um grande investimento em energia solar offshore para se converter completamente.
A Costa Rica, por exemplo, poderá tornar-se no 1º país em desenvolvimento a ter 100% de energia renovável. Devido aos seus recursos hídricos, eólicos e geotérmicos, 98% da sua energia atualmente é renovável. O país chegou até a conseguir a produção de 100% de energia renovável por 94 dias consecutivos.
O estudo prevê que que a concretização de uma adesão em massa ao novo paradigma energético, terá como resultado:
- A criação a longo prazo de 24 milhões de empregos;
- Uma diminuição anual de entre 4 e 7 milhões de mortes por contaminação atmosférica;
- A estabilização dos preços da energia;
- Uma poupança de 20 mil milhões de dólares/ano de custos associados à saúde e ao clima.
A diferença entre este estudo e outros estudos semelhantes, é que este permite analisar não apenas os benefícios climáticos da redução de carbono, mas também os benefícios de poluição do ar, benefícios na área do emprego e benefícios de custos.
Jacobson, diz que este estudo apresenta “planos que mostram que é tecnicamente e economicamente viável mudar a infraestrutura energética de todos esses países. Embora existam barreiras sociais e políticas, a conversão para 100% usando as tecnologias existentes são tecnicamente e economicamente viáveis”.
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