Tal como os projetos eólicos onshore (parques eólicos localizados em terra), também o investimento em instalações que recorrem à energia eólica offshore (parques eólicos localizados em alto mar), contribuem fortemente para a diminuição da dependência dos combustíveis fósseis e para a descarbonização da sociedade.
Prevê-se que a capacidade instalada na Europa triplique durante a próxima década, fruto de novas concessões, do crescimento dos parques eólicos e do desenvolvimento de novas tecnologias.
Portugal irá dar um forte contributo para o crescimento desta setor, com o arranque do primeiro parque eólico offshore, assente numa plataforma flutuante. Os trabalhos de instalação das turbinas no parque WindFloat Atlantic já iniciaram e em breve estará 100% operacional. Este parque eólico offshore vai ter uma capacidade total de 25 megawatts (MW), composto por três turbinas localizadas a 20 quilómetros ao largo da costa de Viana de Castelo.
- Em que consiste a tecnologia WindFloat?
- Quais as vantagens desta tecnologia?
- Fases de projeto WindFloat Atlantic.
Saiba mais sobre este projeto através do artigo: Projeto Windfloat Atlantic: O primeiro Parque Eólico Marítimo em Portugal.
Atlantis Test Center (Centro Europeu para testes de robôs em Parques Eólicos Offshore)
O primeiro Centro Europeu para testar robôs em parques eólicos offshore, vai ser criado em Portugal, mais precisamente em Viana do Castelo. Este centro é uma iniciativa do projeto Europeu Atlantis e terá uma importância estratégica para o roteiro científico da robótica em toda a Europa.
A sua localização em Viana do Castelo também é estratégica, pois é ao largo da costa minhota que está a ser construído o primeiro parque eólico offshore assente numa plataforma flutuante – WindFloat Atlantic.
O projeto Europeu Atlantis – The Atlantic Testing Platform for Maritime Robotics: New Frontiers for Inspection and Maintenance of Offshore Energy Infrastructures, liderado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), conta com a com participação da EDP (NEW – Centre For New Energy Technologies) e vem reforçar o desenvolvimento de tecnologias de monitorização e manutenção de infraestruturas eólicas no mar.
O centro de testes, intitulado de Atlantis Test Center, vai possibilitar a validação de soluções robóticas nas condições climatéricas mais extremas do Oceano Atlântico, em especial nos trabalhos de inspeção e manutenção das infraestruturas eólicas offshore.
Foco
O foco deste projeto será a inspeção, manutenção e reparação de infraestruturas eólicas offshore, onde diversos robôs autónomos (subaquáticos, de superfície e aéreos) serão desenvolvidos e testados em diversos cenários industriais, como, por exemplo:
- na inspeção de cabos de amarração;
- na monitorização de estruturas subaquáticas;
- na limpeza de turbinas.
Objetivo
Este projeto pioneiro na Europa tem como objetivo principal demonstrar as tecnologias e soluções robóticas que são essenciais à inspeção e manutenção de parques eólicos offshore de todo o mundo.
A utilização de soluções robóticas neste setor pretende mitigar riscos e diminuir os custos de operação e manutenção dos parques eólicos offshore, nomeadamente em águas profundas, contribuindo também para a redução do custo normalizado de energia (Levelized Cost of Energy).
Andry Maykol Pinto,coordenador do projeto e investigador no INESC TEC, explicou que o “Atlantis Test Center permitirá quantificar o valor acrescentado de nova tecnologia robótica e acelerar a sua integração no setor da energia eólica marítima. O projeto assenta numa verdadeira simbiose entre as indústrias da energia e da robótica marinha.”
Andry Maykol Pinto, afirma ainda que “o Atlantis Test Center será uma excelente oportunidade para as pequenas e médias empresas que desenvolvam tecnologias capazes de reforçar a sustentabilidade do setor eólico marítimo, pois terão a possibilidade de avaliarem experimentalmente os seus produtos e adequarem a sua oferta às necessidades e expetativas de um mercado emergente”.
No âmbito deste projeto, com duração prevista de três anos, o centro utilizará o parque WindFloat Atlantic para validar e demonstrar aplicações robóticas, desenvolvidas por centros de investigação, por empresas tecnológicas ou membros do consórcio, que contribuam para a sustentabilidade do setor.
Para além do INESC TEC e da EDP, o consórcio deste projeto inclui mais oito parceiros de 5 países:
- Teknologian Tutkimuskeskus VTT e ABB OY (Finlândia);
- Principle Power France e ECA Robotics (França);
- Space Application Services NV (Bélgica);
- IQUA Robotics e Universitat de Girona (Espanha);
- RINA Consulting SPA (Itália).
Fonte: O Instalador
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