De acordo com o relatório Fostering Effective Energy Transition 2024, publicado recentemente, vários países em todo o mundo atingiram recordes nas pontuações do Energy Transition Index.
Este relatório anual, produzido pelo Fórum Económico Mundial, em colaboração com a Accenture, indica que 107 dos 120 países avaliados demonstraram progresso na sua jornadas de transição energética.
A volatilidade económica e as tensões geopolíticas provocaram uma desaceleração no ritmo da transição energética global, mas ainda assim, há motivos para otimismo, com o crescente aumento dos investimentos globais em energias renováveis.
Com habitualmente a 14ª edição anual do relatório utiliza o Índice de Transição Energética (ETI) para avaliar os países quanto ao desempenho de seus sistemas energéticos atuais, com foco no equilíbrio da equidade, sustentabilidade ambiental e segurança energética, além da prontidão para a transição. A novidade no relatório de 2024 são os “caminhos personalizados” para analisar características específicas de cada país, de modo a fornecer recomendações específicas para cada região.
O Energy Transition Index avalia o progresso e a preparação para um futuro energético equitativo, seguro e sustentável, detalhando as características comuns dos países com melhor desempenho. As características comuns incluem:
- Segurança energética;
- Intensidade energética;
- Parcela crescente de energia limpa;
- Mecanismo de precificação de carbono;
- Ambiente regulatório favorável.
Que países estão na liderança energética?
A Europa continua na liderança, com 10 das primeiras posições do ETI a integrarem países europeus, com destaque para a Suécia que ocupa a 1ª posição, seguido da Dinamarca (2ª), Finlândia (3ª), Suíça (4ª) e França (5ª).
Esses países são beneficiados por um forte comprometimento político, grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento, ampla adoção de energia sustentável, acelerada pela situação geopolítica, políticas de eficiência energética e precificação de carbono. A França é um novo integrante do top 5, com medidas recentes de eficiência energética que reduziram a intensidade energética em 2023.
E Portugal?
Portugal foi também um dos países avaliados e ano após ano tem vindo a melhorar a sua pontuação e classificação no ETI. Depois de em 2023 ter ocupado a 15ª posição, o país encontra-se atualmente na 14ª posição, tendo obtido a melhor pontuação nos parâmetros da sustentabilidade ambiental (70,0), seguido da equidade (68.6) e por última da segurança energética (62.4).
Economias G20
Entre as economias do G20, a Alemanha (11ª), o Brasil (12ª), o Reino Unido (13ª), a China (17ª) e os Estados Unidos (19ª) estão entre as 20 primeiras posições no ETI, juntamente com a França e novas entradas como a Letónia (15ª) e o Chile (20ª), que foram impulsionados pelo aumento da capacidade de energia renovável.
A China e o Brasil têm demonstrado avanços significativos, principalmente devido a esforços de longo prazo para aumentar a participação de energia sustentável e melhorar a confiabilidade das redes elétricas.
O compromisso contínuo do Brasil com a energia hidroelétrica e biocombustíveis e os avanços na energia solar, têm sido fundamentais para atrair investimentos.
A China também aumentou consideravelmente a sua capacidade de energia renovável e continuou a investir em tecnologias sustentáveis, como baterias para veículos elétricos, painéis solares e turbinas eólicas.
Fonte: weforum