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Dia Mundial dos Oceanos

O Dia Mundial dos Oceanos, criado em 1992 durante a Cimeira da Terra, no Rio de Janeiro é celebrado todos os anos a 8 de junho.

Este dia pretende chamar a atenção para a importância dos mares e oceanos e consciencializar as pessoas dos impactes das ações humanas nos oceanos, mobilizando a população mundial para a sua conservação.

Revitalização: “Ação Coletiva para o Oceano” é o tema escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU), para as comemorações do Dia Mundial dos Oceanos 2022. Este tema pretende sensibilizar os cidadãos para a necessidade de se criar um novo equilíbrio com o oceano.

Na página oficial do Dia Mundial dos Oceanos, António Guterres, Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, deixou uma mensagem para este dia, referindo que “é hora de perceber que, para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e os objetivos do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, precisamos urgentemente de uma ação coletiva para revitalizar o oceano. Isso significa encontrar um novo equilíbrio na nossa relação com o meio marinho.”

Em 2022 as celebrações estão enquadradas pela Década da Ciência do Oceano da ONU e pela celebração da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas que se realiza este ano, depois de ter sido cancelado devido à pandemia.

As Nações Unidas sediarão a primeira celebração híbrida do evento anual em 8 de junho de 2022, realizada pessoalmente na sede da ONU em Nova Iorque para ser transmitida ao vivo. Saiba mais aqui

Cobrindo mais de 70% do planeta Terra, os oceanos são um dos pulmões do nosso planeta, produzindo grande parte do oxigénio que respiramos, influenciam o clima e fornecem-nos alimento e energia.

Tendo em conta que cerca de 206 milhões de pessoas, ou seja 41% da população da União Europeia (UE), vive em regiões costeiras, a UE tem a responsabilidade de enfrentar os desafios ambientais que influenciam os seus mares.

Os mares europeus incluem uma grande variedade de ecossistemas marinhos e costeiros, que vão desde o ambiente estável do oceano profundo às águas costeiras extremamente dinâmicas. Estes ecossistemas proporcionam casa para 48 000 espécies. Apesar da grande biodiversidade marinha, esta está em condições pouco favoráveis: apenas 7% das espécies marinhas estão em “estado favorável de conservação”. Uma das razões para isso são as alterações climáticas, que levam à acidificação dos mares.

Portugal possui a 3ª maior Zona Económica Exclusiva da União Europeia e a 11ª do mundo. Ao contrário do território emerso, com apenas 92 000 km2, a plataforma continental portuguesa chega a uma área com mais de 3 800 000 km2.

Considerando o nosso território em todas as suas dimensões (marítima e terrestre), 97% de Portugal é Mar.

Em Portugal, existem 16 áreas marinhas protegidas, a maioria das áreas é costeira. Uma área marinha protegida é qualquer área classificada por lei que se situe na zona entre-marés ou abaixo do nível do mar e que em conjunto com a flora, fauna, história e características culturais, tendo em vista a sua conservação.

Veja o vídeo sobre as áreas marinhas portuguesas:

Temos que garantir que os oceanos continuam a satisfazer as nossas necessidades sem comprometer as das gerações futuras. Os oceanos regulam o clima do planeta e são uma importante fonte de alimentação. A sua superfície proporciona caminhos indispensáveis para o comércio global, enquanto que as suas profundezas mantêm soluções atuais e futuras para as necessidades energéticas da humanidade.” – Secretário-Geral das Nações Unidas Ban Ki-moon.

Os sistemas marinhos estão ameaçados principalmente pela pesca intensiva e pela poluição, nomeadamente de resíduos, como sacos de plástico e esferovite, assim como derrames de óleos no mar. Outros impactes ambientais negativos relativos aos mares são as alterações climáticas, propagação de espécies exóticas e danos no fundo marinho.

A legislação, educação ambiental e sensibilização da população pode reduzir os impactes ambientais nos mares. Para mantermos a sustentabilidade dos oceanos e mares temos que desenvolver estilos de vida mais sustentáveis.

A ONU lembra que 8 milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos em cada ano, prejudicando a vida selvagem mas igualmente a pesca ou o turismo.

Segundo a organização não governamental Ocean Conservancy só 5 países asiáticos, China, Indonésia, Filipinas, Tailândia e Vietname lançam anualmente mais de 4 milhões de toneladas de plástico nos oceanos.

Se nada for feito, alerta, até 2025 serão acumuladas nos oceanos 250 milhões de toneladas de resíduos plásticos.

1ª Conferência Mundial dos Oceanos

Em 2017, precisamente na semana em se que comemorou o dia Mundial dos Oceanos, a ONU acolheu a 1ª Conferência Mundial dos Oceanos, durante a qual os 193 estados membros adotaram uma declaração de compromisso, com ações concretas para garantir um futuro sustentável para os oceanos.

Esta conferência funcionou como um apelo para que os estados tomem as medidas necessárias rapidamente, de forma a cumprir o que ficou acordado no Objetivo 14 da Agenda do Desenvolvimento Sustentável, sobre preservação e exploração sustentável dos oceanos.

Durante esta conferência, Portugal entregou 10 compromissos voluntários para a conservação dos oceanos. Saiba mais aqui.

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