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Por que devemos valorizar as florestas autóctones?

O que é uma Floresta Autóctone?

Uma floresta autóctone é composta por árvores que são nativas de um determinado território.

Em Portugal toda a floresta é formada por árvores originárias do próprio país, com espécies como o carvalho, o medronheiro, o castanheiro, o amieiro, o loureiro, a azinheira, o sobreiro, o pinheiro manso entre outras espécies.

As árvores autóctones representam cerca de 72% da floresta portuguesa, uma percentagem que é composta principalmente por espécies como o pinheiro-bravo (Pinus pinaster), o sobreiro (Quercus suber), a azinheira (Quercus rotundofila) e o pinheiro-manso (Pinus pinea). Juntas, estas quatro espécies representam 61% da área florestal total em Portugal continental.

Segundo os dados do GlobalTree Portal, Portugal tem 103 espécies de árvores autóctones, sendo que 9 estão em risco global de extinção e uma está classificada como “possivelmente ameaçada”.

A ação humana tem causado o desmatamento de florestas para atividades agropecuárias e produção de bens, e com o uso de pesticidas, além da introdução de espécies em habitats onde não são nativas, estamos atualmente a testemunhar uma enorme degradação da biodiversidade, deixando a nossa floresta cada vez mais vulnerável a desastres naturais, como incêndios e inundações e contribuindo progressivamente para a extinção de diversas espécies animais.

Por que devemos valorizar as florestas autóctones?

 Adaptadas ao meio: As florestas autóctones estão mais adaptadas e ajustadas às condições do clima e do solo locais, o que as torna mais resistentes a pragas, doenças e às variações extremas do clima, como secas ou chuvas intensas.

Proteção do solo e biodiversidade: Ajudam a manter a fertilidade da terra, equilibram os ecossistemas e preservam a diversidade genética das espécies.

Abrigo da vida selvagem: As florestas autóctones são o refúgio de muitas espécies de animais nativas, inclusive alguns em risco de extinção. A sobrevivência de espécies como a Águia-real (Aquila chrysaetos), o Lobo-ibérico, dependem da existência e do estado de conservação destas florestas. 

Regulam o clima: As florestas autóctones exercem um importante papel na regulação e melhoria do clima. Têm ainda uma importância vital no sequestro de carbono da atmosfera, contribuindo para reduzir o efeito de estufa.

Regulam os ciclos de água: Regulam o ciclo hidrológico e a qualidade da água e são essenciais na formação de solo. Além disso, fornecem matéria-prima para produtos que usamos no dia a dia.

Resistência ao fogo: Embora cresçam mais devagar, as espécies autóctones, se forem bem cuidadas, são mais resistentes e resilientes contra incêndios florestais.

Contribuem para metas ambientais: Como têm um ciclo de exploração mais longo, ajudam a cumprir os objetivos de retenção de carbono estabelecidos no Protocolo de Quioto.

Funções da Floresta Autóctone
  • Melhoria da qualidade do ar;
  • Regularização do ciclo hídrico;
  • Conservação do solo e da água;
  • Conservação da Biodiversidade;
  • Preservação e melhoria da paisagem natural;
  • Prevenção dos incêndios florestais;
  • Produção de bens não-lenhosos (cogumelos, caça, etc.);
  • Produção de combustível lenhoso;
  • Produção de madeira de qualidade.

Cuidar das florestas autóctones é proteger a nossa natureza e o futuro do planeta!

Fontes: Floresta comum

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