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Europa promete parar de construir Centrais Termoelétricas a carvão após 2020

As empresas de energia da Europa uniram-se em torno de uma decisão histórica.

Com a aproximação do prazo de 2030, todas as partes interessadas da União Europeia estão a aumentar os esforços para combater as emissões de CO2. Além de se exigir uma repressão às importações de produção insustentável de óleo de palma para biocombustíveis, a UE está a concentrar-se na produção de carvão, comprometendo-se a pôr fim à construção de novas centrais a carvão, ao não autorizar a construção de nenhuma nova central termoelétrica depois de 2020.

O carvão tem sido fundamental para o desenvolvimento da Europa, impulsionando a revolução industrial, mas também emite mais dióxido de carbono do que qualquer outro combustível fóssil, além de toxinas mortais como dióxido de enxofre, dióxido de nitrogénio e partículas, que são responsáveis ​​por mais de 20.000 mortes por ano.

As emissões produzidas a partir da produção de eletricidade a carvão são também a principal causa das mudanças climáticas. Esta decisão histórica é apoiada pelas principais empresas europeias de energia, incluindo a Eurelectric, associação do setor da eletricidade na Europa, que representa 3.500 empresas europeias. Esta medida é um passo importante para ajudar a manter o aumento máximo da temperatura média global o mais próximo possível de 1,5 graus Celsius.

As empresas nacionais de energia de 26 dos 28 países da União Europeia, com exceção da Polónia e da Grécia aderiram à iniciativa. A Grécia tem planos de continuar a construir centrais termoelétricas a carvão, enquanto a Polónia ainda depende do carvão para a produção da sua eletricidade, sendo responsável por 90% da sua produção.

A divulgação foi feita numa reunião coletiva em Bruxelas e teve como objetivo reforçar a missão da Europa de controlar as emissões de gases de efeito estufa. De acordo com o secretário-geral da Eurelectric, Kristian Ruby, o grupo reafirmou a promessa de cumprir o acordo climático de Paris e assumiu o compromisso de fornecer 100% de eletricidade neutra em carbono até 2050.

Central Termoelétrica de carvão no Reino Unido – Greenpeace UK

A inauguração de novas Centrais Termoelétricas caiu mais de 60% em todo o mundo no ano de 2016. Kristian Ruby, afirma que “diminuir o ritmo de construção, no entanto, já não resolve o problema, é preciso desativar esse modelo de produção de energia, de forma a se poder cumprir as metas de emissão, a indústria carvoeira terá de desaparecer até 2030”.

As tecnologias elétricas tem sido uma alternativa natural aos sistemas baseados em combustíveis fósseis, especialmente no setor do transporte. De acordo com a comissária europeia da indústria, Elzbieta Bienkowska, os veículos a diesel tendem a desaparecer mais cedo do que o esperado, devendo, nas próximas décadas ser proibidos ou ser aplicada uma taxa.

O anúncio do fim da indústria carvoeira pela União Europeia é uma demonstração de que o planeta caminha para um mundo mais sustentável. Esperemos que este anúncio seja realmente aplicado!

Em Portugal a Central Termoelétrica de Sines é a empresa com maior emissão de gases com efeito de estufa, com um índice de 13,5%. Veja aqui o nosso artigo sobre este tema: http://noctula.pt/central-termoeletrica-de-sines-e-a-maior-emissora-de-co2-de-portugal/.

Fontes: The GuardianSustainable Brands

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