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Dia Mundial das Zonas Húmidas – 2 de Fevereiro

O Dia Mundial das Zonas Húmidas comemora-se anualmente no dia 2 Fevereiro.

As comemorações deste dia realizaram-se pela primeira vez em 1997, após a adoção da Convenção sobre as Zonas Húmidas, conhecida como a Convenção de Ramsar, relativa à conservação e ao uso sustentável das zonas húmidas.

Os princípios adotados nesta convenção visam promover a cooperação internacional e incentivar as ações nacionais no sentido de estimular uma gestão racional e sustentável das zonas húmidas.

Mais de 2.470 zonas húmidas por todo o mundo, nas 171 partes contratantes da Convenção, estão atualmente classificadas como Sítios Ramsar, segundo critérios ecológicos, socioculturais e paisagísticos. Portugal tem 31 Sítios Ramsar em território continental e na Região Autónoma dos Açores, desde que assinou a Convenção, em 1980.

A mensagem primordial da campanha de 2024 é que o bem-estar humano está irrevogavelmente ligado ao estado das zonas húmidas do mundo.
 
A campanha deste ano “Zonas Húmidas e Bem-estar Humano“, destaca três mensagens principais:
 
  • Investir na utilização sustentável das zonas húmidas significa investir no futuro da humanidade.
  • As zonas húmidas podem proporcionar às cidades e aos seus habitantes múltiplos benefícios económicos, sociais e culturais que apoiam o bem-estar humano.
  • O restauro das zonas húmidas é essencial para superar a crise climática e da biodiversidade e para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para benefício de todas as pessoas.
 
A  Década das Nações Unidas para o Restauro dos Ecossistemas (2021-2030) é um apelo à proteção e à revitalização dos ecossistemas em todo o mundo. 
Restauro das Zonas Húmidas: por que razão é urgente?
  • As zonas húmidas são o ecossistema mais ameaçado na Terra;
  • Mais de 80% de todas as zonas húmidas desapareceram;
  • Desde 1970 perderam-se, pelo menos, 35% das zonas húmidas;
  • As zonas húmidas estão a ser drenadas para a agricultura e construção;
  • A poluição da água e a pesca excessiva, bem como as espécies exóticas invasoras, estão a danificar os ecossistemas das zonas húmidas;
  • Uma em cada 3 espécies de água doce e 25% de todas as espécies das zonas húmidas enfrentam a extinção;
  • 81% das espécies das zonas húmidas interiores e 36% das espécies marinhas e costeiras estão em declínio.
7 benefícios do restauro das zonas húmidas

— Reavivam a biodiversidade – 40% das espécies do mundo vivem ou reproduzem-se nas zonas húmidas. Restaurar as zonas húmidas potencia a cadeia alimentar local e atrai a vida selvagem.

— A água doce é rara –  As zonas húmidas fornecem a maior parte dela.

Reabastecem e filtram o abastecimento de água – As zonas húmidas filtram naturalmente a água, removem poluentes e aumentam o abastecimento de água local.

— Armazenam mais carbono do que as florestas – Tipos específicos de zonas húmidas, como turfeiras, sapais, mangais e pradarias marinhas, são sumidouros de carbono extremamente eficientes.

— Atenuam o impacto de cheias e tempestades – As zonas húmidas restauradas podem atuar como esponjas contra o excesso de precipitação e cheias, amortecem os impactos das tempestades costeiras e podem proteger as comunidades de fenómenos meteorológicos extremos.

— Melhoram os meios de subsistência e alimento– As zonas húmidas proporcionam meios de subsistência na pesca e na aquicultura e também fornecem bens, como caniços e outras plantas aquáticas.

— Impulsionam o ecoturismo – Uma zona húmida restaurada pode ser um local sustentável e atrativo.

— Aumentam o bem-estar – As zonas húmidas revitalizadas proporcionam um local para relaxar e experienciar a natureza.

Fontes: ICNF

Imagem de destaque: Retirada da plataforma Freepik.

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