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Portugal é o 2ª país Europeu com mais ambição no combate às alterações climáticas

Portugal é atualmente um dos líderes europeus em ambição climática.

Segundo o estudo “Off target: Ranking of EU countries’ ambition and progress in fighting climate change” divulgado recentemente pela Rede Europeia de Ação Climática (CAN-Europe), Portugal ocupa o 3º lugar (que é efetivamente um 2º lugar, uma vez que o 1º lugar não foi atribuído), num ranking sobre a ambição dos países europeus no capítulo das alterações climáticas.

Este estudo tem como objetivo avaliar o papel que os Estados-Membros da UE estão a desempenhar na definição de metas e políticas ambiciosas na área da energia e clima e o progresso que estão a fazer na redução das emissões de gases com efeito de estufa e na promoção das energias renováveis e eficiência energética.

As principais conclusões do relatório mostram que nenhum Estado-Membro da UE tem um desempenho considerado “Muito bom”, no que diz respeito à ambição na redução das emissões de gases com efeito de estufa.

Existem no entanto, 5 países da UE que atingiram pontuações acima dos 50%, entre eles está Portugal. Os países com maior pontuação são:

  • Suécia (77%),
  • Portugal (66%),
  • França (65%),
  • Holanda (58%)
  • Luxemburgo (56%)

 

Estas percentagens apenas são possíveis, uma vez que estes países reconhecem a importância da política climática, apelando continuamente por objetivos climáticos mais ambiciosos, ao nível da UE.

O  secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches indica que Portugal  esteve “sempre entre os países com as metas mais ambiciosas (..)”. Temos “uma meta de 31% de obtenção de energia através de fontes renováveis, estabelecida para 2020, mas esse valor “está adquirido”, pelo que Portugal está “a trabalhar com valores muito superiores”.

A UE estabeleceu recentemente uma nova meta obrigatória de 32% da energia na UE, gerada através de fontes de energia renovável, até 2030.

Saiba mais aqui: Energia Renovável: UE estabelece meta obrigatória de 32% até 2030.

Para além das primeiras 5 posições, a grande maioria dos Estados-Membros obteve uma classificação inferior a 50%, o que evidencia que não estão a progredir com a rapidez suficiente para atingir os objetivos do Acordo de Paris.

Nesta classificação, destacam-se alguns dos países mais desenvolvidos da UE, como a Dinamarca (49%), a Alemanha (45%), o Reino Unido (37%) e a Bélgica (35%), que já estiveram na liderança da ação climática, mas que abrandaram o seu desempenho.

A Estónia (24%), a Irlanda (21%) e a Polónia (16%) estão no grupo de países com classificação mais baixa devido à sua forte oposição à ação climática, a nível nacional e da UE.

 
Portugal entre os líderes europeus em ambição climática, mas pode fazer melhor.

Portugal está no bom caminho no combate às alterações climáticas. Entre os aspetos positivos que pesaram na classificação de Portugal, estão questões na área da energia e do clima em termos de defesa de políticas mais ambiciosas à escala europeia. À escala nacional Portugal destaca-se com os “vários compromissos nomeadamente a retirada do carvão até 2030 e a neutralidade carbónica em 2050”.

No entanto, o desempenho de Portugal poderia ser melhor, se não fosse o consumo relativamente elevado de carvão per capita e de ter atingido uma quota de energia renovável ainda reduzida no seu plano energético em 2016, apesar de em termos de energia elétrica estar a ter uma surpreendente progressão.

O relatório “Off target: Ranking of EU countries’ ambition and progress in fighting climate change“, apresenta algumas recomendação para que Portugal possa colmatar os seus pontos negativos:

  • Redução do consumo de carvão antes da data prevista (2030);
  •  Encerramento das centrais termoelétricas a carvão de Sines e Pego;
  •  Definição de políticas e medidas concretas para todos os setores, incluindo energia, transporte, resíduos, agricultura e florestas para cumprir o objetivo da neutralidade carbónica em 2050;
  • Cancelamento de todas as concessões para a exploração de petróleo e gás.

Para consultar o relatório completo, clique aqui.

Fontes: Caneurope, ZERO

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