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Livro Vermelho dos Invertebrados de Portugal Continental

Sabia que existem mais de 200 espécies de invertebrados em risco de extinção em Portugal Continental?

Este foi o resultado do primeiro Livro Vermelho dos Invertebrados de Portugal Continental publicado e apresentado recentemente na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

O livro vermelho refere que são mais de 200 as espécies ameaçadas e que mais de 30 estão “criticamente em perigo”. Não foi possível recolher informação suficiente sobre cerca de 200 espécies das 800 avaliadas, por isso, muitas espécies estão ainda classificadas na categoria de “informação insuficiente”. 

O Livro Vermelho dos Invertebrados de Portugal Continental tem como objetivo dar a conhecer informação relevante sobre as espécies classificadas como ameaçadas, com base na avaliação do risco de extinção, de acordo com os critérios e categorias da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Esta obra reúne os resultados da primeira avaliação do risco de extinção de cerca de 800 espécies de insetos, aranhas, gastrópodes, bivalves e crustáceos.

Os invertebrados representam a maior parte da diversidade terrestre. Estima-se que em Portugal Continental ocorram mais de 20 mil espécies, muitas delas exclusivas do território português. Atualmente, apenas 14 espécies de invertebrados terrestres beneficiam de proteção legal em Portugal continental, ao abrigo da Diretiva Habitats.

Diversas espécies de invertebrados apresentam distribuições geográficas muito restritas ou são altamente especializadas no seu habitat, pelo que se encontram muito vulneráveis a alterações ambientais e a outro tipo de pressões. 

Por vezes, parece que o papel crucial dos invertebrados nos ecossistemas passa despercebido. Mas a perda de invertebrados nos ecossistemas pode resultar em graves consequências em processos ecológicos importantes, como a polinização, a reciclagem de nutrientes, filtração da  água ou a dispersão de sementes. No entanto, só percebemos a sua importância quando assistimos às consequências da sua ausência, como por exemplo a necessidade de recorrer a polinização manual em algumas áreas já sem polinizadores, ou à suplementação com fertilizantes dos solos cada vez mais pobres em nutrientes.

Atualmente enfrentamos uma crise global de biodiversidade, mas no caso dos invertebrados parece ser uma “crise silenciosa”. É portanto, extremamente importante que as medidas e estratégias de conservação sejam adequadas ao território português e que contribuam para o esforço de travar a perda de biodiversidade a nível nacional e mundial. 

Medidas para evitar a extinção das espécies ameaçadas:

— Realização de mais estudos científicos sobre a abundância, distribuição e ecologia das espécies;

— Criação de micro reservas;

— Recuperação da qualidade do habitat onde as espécies vivem;

—  Adoção de práticas e sistemas de produção agrícola e florestal mais sustentáveis;

— Controlo da poluição;

— Ações de divulgação e educação ambiental junto da população em geral e para os decisores para a conservação das espécies em perigo.

O primeiro Livro Vermelho dos Invertebrados de Portugal Continental é um importante marco na conservação ambiental, pois as espécies listadas irão integrar o Cadastro Nacional de Valores Naturais Classificados, passando a beneficiar de proteção legal em Portugal. Funcionará também como documento orientador na definição de prioridades de conservação e no apoio à tomada de decisão em matérias relacionadas com a conservação da natureza em Portugal.

O Livro Vermelho dos Invertebrados de Portugal Continental ficará disponível nos próximos meses.

Este livro é o resultado do projeto “Lista Vermelha de Grupos de Invertebrados Terrestres e de Água Doce de Portugal Continental”, iniciado em 2019 e coordenado pelo Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Fonte: ICNF

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Para além da monitorização de Sistemas Ecológicos, apoiamos também na elaboração e implementação:

  • Planos de gestão para espécies específicas de fauna e flora;
  • Medidas de minimização e compensatórias de impactes sobre as mesmas.

 

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