As vantagens em melhorar a composição da floresta portuguesa, com recurso a espécies autóctones como carvalhos, medronheiros, azenheiras, castanheiros ou sobreiros, etc, são evidentes. Estas espécies estão mais adaptadas às condições climáticas locais, sendo por isso mais resistente a pragas, doenças, longos períodos de seca ou de chuva intensa. Contribuem ainda para a mitigação das alterações climáticas e são mais resistente a essas mesmas alterações, bem como aos incêndios florestais.
O projeto Floresta Comum, iniciou uma nova edição, com a abertura de um novo período de candidaturas à Bolsa Nacional de Espécies Florestais Autóctones, para reflorestação durante a época 2024/2025.
O período de candidaturas terminou no dia 28 de Setembro. As plantas estão disponíveis nos 4 viveiros do ICNF, I.P. – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, para a próxima época de (re)arborização, que decorre de novembro de 2024 a março de 2025.
Viveiros ICNF
Para mais informações sobre o projeto Floresta Comum e sobre plantas autóctones clique aqui.
Este projeto que incentiva a criação de uma floresta autóctone e é dirigida a entidades com responsabilidade de gestão de terrenos públicos ou comunitários (baldios), desde Câmaras Municipais a Juntas de Freguesia, ou outras entidades públicas os órgãos gestores de baldios.
Existe alguma bolsa de plantas para os terrenos privados?
Pedro Sousa, responsável da Quercus no Floresta Comum, afirmou que nos próximos 3 anos será feito um esforço para “se criar também uma bolsa de plantas para os terrenos privados. Todos os anos recebemos pedidos de privados, que querem plantar árvores autóctones nos seus terrenos, mas atualmente os 4 viveiros apenas contemplam a possibilidade de oferecer plantas para terrenos públicos ou comunitários.”
Pedro Sousa indicou ainda que “o número de árvores pedidas nas candidaturas é maior do que a capacidade dos viveiros. Por exemplo, em 2017 foram solicitadas cerca de 325.000 plantas em 102 candidaturas. De acordo com as disponibilidades dos 4 viveiros do ICNF, foram distribuídas 186.124.”
Em que consiste o projeto Floresta Comum?
O projeto Floresta Comum tem como objetivo incentivar a criação de uma floresta autóctone com altos níveis de biodiversidade e de produção de bens e serviços de ecossistema. É uma iniciativa que conta com uma parceria entre a Quercus, o ICNF, a Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. É parcialmente financiado pelo projeto Green Cork – reciclagem de rolhas de cortiça e conta ainda com o mecenato da REN – Redes Energéticas Nacionais.
Em 2017 foram distribuídas 186.124 plantas, tendo sido plantadas entre Novembro de 2017 e Março de 2018. Até à presente edição, este projeto já disponibilizou mais de 858.862 plantas, de 60 espécies autóctones.
Como me posso candidatar?
O regulamento e os formulários de candidatura estão disponíveis no site Floresta Comum.
Pode consultar o regulamento atualizado, as disponibilidades de plantas de cada viveiro e os documentos necessários para apresentar candidatura.
A NOCTULA – Consultores em Ambiente elabora e implementa planos de gestão para espécies de fauna e flora e medidas de minimização/compensação de impactes sobre as mesmas.
O Plano de Monitorização dirigido à espécie Murbeckiella sousae na área dos parques eólicos de Seixinhos e Penedo Ruivo (Serra do Marão), assim como o Plano de Florestação e Monitorização para o Parque Eólico de Mirandela, foram alguns dos trabalhos realizados pela NOCTULA – Consultores em Ambiente neste âmbito.
Caso necessite deste tipo de serviços, não hesite em contactar-nos.
Fontes: Wilder, Quercus, Floresta Comum