A exploração mineira mundial conduziu a áreas mineiras abandonadas ou mal administradas, com problemas de segurança, ambientais e de saúde pública.
Estes locais apresentam à superfície, em geral, restos de minérios, fragmentos de rocha de dimensões variadas, matérias primas e resíduos. A percolação por água, proveniente de precipitação atmosférica, dos materiais acumulados à superfície, produz águas ácidas e a dispersão hidráulica e eólica de partículas metálicas contamina a zona envolvente.
Impactos negativos relacionados com as áreas mineiras degradadas:
- problemas de estabilidade, devido à abertura de galerias, túneis, chaminés e poços, com repercussão no comportamento mecânico do maciço rochoso;
- percolação de águas ácidas em profundidade, por zonas fraturadas do maciço;
- radioatividade;
- estabilidade de escombreiras e de barragens de rejeitados;
- rebaixamento de níveis aquíferos;
- inundação de túneis e galerias.
No início do século XXI, em Portugal estavam identificadas cerca de 180 áreas mineiras degradadas. Algumas já foram intervencionadas, tendo sofrido projetos de reabilitação, mas ainda persistem situações a necessitar de intervenção.
Webinar: Contaminação dos solos e águas em áreas mineiras
O Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) organizou, em parceria com a Ordem dos Engenheiros, a Sociedade Portuguesa de Geotecnia e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, um webinar dedicado à contaminação de solos e águas em áreas mineiras.
A sessão, decorreu nos dias 22 de janeiro e 5 de fevereiro e tem como principais objetivos:
- sistematizar as condições de áreas mineiras degradadas;
- estruturar os impactos negativos gerados;
- apresentar soluções adotadas para áreas intervencionadas em Portugal;
- alertar para a questão dos eventos extremos relativos às alterações climáticas;
- monitorizar a drenagem ácida;
- apresentar soluções de reabilitação de solos e águas em áreas mineiras diversificadas.
Fonte: Ordem dos Engenheiros
Imagem de destaque: Retirada da plataforma Pexels.