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Sensor IOT prevê cheias e alerta para o uso sustentável da água

projeto Rio Mondego, criado por uma startup de Coimbra, desenvolveu uma solução tecnológica que permite monitorizar o caudal do rio Mondego através de sensores IOT instalados em cinco pontos diferentes, de forma a mitigar os prejuízos pelas cheias, permitindo que as pessoas em sítios propensos possam ser alertadas com antecedência. O desenvolvimento desta solução surgiu após o acontecimento de umas das piores cheias verificadas em Coimbra em 2016.

Desenvolvido no Vodafone Power Lab por três estudantes do departamento de Engenharia Eletrotécnica e Computadores, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, o Projeto Rio Mondego vai instalar 5 sensores ao longo do caudal, obtendo informação sobre o nível das águas e as suas flutuações:
 
  • Os dados recolhidos são enviados em tempo real, para um serviço de cloud através da rede de dados móvel de última geração da empresa de telecomunicações Vodafone;
  • A leitura é feita com recurso a um sensor ultrassónico, que utiliza uma rede de dados GSM e os dados serão analisados através de inteligência artificial, que permitirá prever a ocorrência de situações de risco.
  • O sensor ultrassónico utilizado é equivalente à tecnologia usada nos sensores de estacionamento dos automóveis.

Equipa que desenvolveu o projeto

Com base nos dados recebidos, o comportamento do rio é analisado através de algoritmos de inteligência artificial, que inclui a aprendizagem da máquina e à medida que se vai acumulando informação sobre o nível das águas, torna-se mais fácil prever com antecedência a probabilidade de cheias, bem como identificar os fatores que mais influenciam a sua ocorrência. Os dados vão ficar automaticamente disponíveis para consulta em www.riomondego.com e a sua apresentação será realizada com gráficos para uma fácil leitura.

Plataforma IOT de monitorização do Rio Mondego

Além de funcionar como alerta para a eventualidade de cheias, o projeto Rio Mondego também quer alertar as populações para o uso sustentável da água enquanto bem escasso. Segundo um dos criadores, “a ideia é mostrar o “impacto do consumo da água nos reservatórios” e, assim, promover um uso consciente deste recurso natural finito”.

Umas das outra das vertentes do projeto é a possibilidade futura de monitorização de reservatórios de água, albufeiras, barragens, etc., prevenindo assim situações de seca.

Um dos 5 sensores já se encontra instalado no Parque Verde, no entanto, para já é apenas medido o nível da água. Numa 2.ª fase, está previsto que o sistema possa ser optimizado para medir também o PH, a temperatura e a pluviosidade.

A instalação dos próximos 4 sensores deve estar concluída em dezembro de 2017, dependendo do financiamento obtido. Esses sensores serão instalados na barragem da Aguieira, foz do rio Alva, foz do rio Ceira e 2 locais de Coimbra, fazendo medições minuto a minuto e enviando a informação diretamente para o site do projeto.

Os dispositivos IOT utilizados serão alimentados por uma bateria carregada através de energia solar, que tem uma autonomia de até 3 dias, e aguentam 3 anos sem manutenção. O custo do primeiro protótipo foi de cerca de 200 euros, mas com as alterações para realizar a medição de mais elementos, esse valor pode aumentar.

Este sistema pretende ser “simples, barato e robusto” para que seja levado para outras zonas que são também gravemente afetadas por cheias e com poucos recursos económicos, como é o caso da Índia, Brasil, Chile, entre outros. O fabrico, instalação, gestão e manutenção deste dispositivo, com todas as funcionalidades a ele inerentes, envolvem um custo que, de acordo com os seus criadores, deve situar-se entre os 12 e 15 mil euros.

Os criadores do projeto afirmam no entanto, que esta tecnologia não vai substituiu os meios de alertas, sendo utilizado apenas para que as entidades responsáveis possam prever quando devem de facto, lançar o alerta de uma possível subida perigosa do nível da água no rio Mondego.

Fontes: Vodafone, Ambiente Magazine, Rio Mondego

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Elaboramos e implementamos estudos e monitorizações no âmbito da Directiva – Quadro da Água, de acordo com o “Manual para a Avaliação Biológica da Qualidade da Água em Sistemas Fluviais” (INAG): fitoplâncton, zooplâncton, Macrófitos e Ictiofauna.

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