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As empresas portuguesas estão a apostar cada vez mais na sustentabilidade e na responsabilidade social e ambiental. Algumas delas, inclusivamente, já são consideradas uma referência a nível mundial. Num cenário internacional onde se começam a tornar visíveis os efeitos negativos das alterações climáticas, a preocupação é generalizada e começa a ganhar uma grande importância nas políticas governamentais dos países, nos hábitos de consumo dos cidadãos, mas também nas estratégias e decisões no âmbito empresarial.
Em Portugal, são várias as empresas e setores de atividade que já manifestaram a sua intenção de reduzir o impacto ambiental das suas atividades, contribuindo assim para a melhoria global do planeta. E há mesmo casos que puseram várias medidas em prática para tornar mais sustentável o seu processo de produção, seguindo o exemplo de importantes empresas internacionais.
Veja-se o caso do gigante da Internet Google, que desde 2017 já funciona a 100% com energia renovável, convertendo-se no maior comprador corporativo de eletricidade limpa a nível mundial.
No nosso país, um dos melhores exemplos é o Grupo EDP, que desde 2018 integra a Euronext Video World 120, um ranking que distingue as melhores empresas do mundo no que diz respeito às práticas de sustentabilidade. Além disso, desde 2012 (e pelo sétimo ano consecutivo), o maior grupo nacional do setor energético também integra os três índices Euronext Vigeo Eiris, que destacam as melhores empresas em termos de desempenho ESG (ambiental, social e de governance).
Ainda no âmbito do setor energético, também a GALP é um exemplo de boas práticas. Este ano, a petrolífera portuguesa foi distinguida pelo Dow Jones Sustainability Index (DJSI) como a melhor da Europa e a terceira a nível mundial no âmbito de “Oil & Gas”, conquistando a sua melhor pontuação depois de integrar o ranking durante oito anos consecutivos. Os melhores resultados da empresa estão relacionados com os critérios de “Riscos Relacionados com a Água” e “Estratégia Climática”.
Outra das empresas portuguesas, neste caso do setor do retalho, que também integra o ranking das 120 empresas mais sustentáveis do mundo é o grupo Jerónimo Martins, que se encontra atualmente no nível de desempenho mais elevado, com uma avaliação de 94% no que diz respeito à divulgação de informação sobre sustentabilidade. Para esta impressionante classificação terão contribuído fatores como a redução da sua pegada carbónica em 5% entre 2018 e 2020, a redução do desperdício alimentar do grupo em 10% no mesmo período (comparativamente a 2016), assim como a determinação da empresa em reduzir este valor para a metade até 2025.
Apesar de não estarem incluídas nos mais importantes rankings internacionais da sustentabilidade, há muitas outras empresas nacionais que começam a mudar de mentalidade e a dar importância a métricas distintas, para além dos lucros e da produtividade, tais como a responsabilidade social e ambiental.
Um exemplo no âmbito do entretenimento é o mundo dos casinos. O Casino Estoril, por exemplo, incluiu objetivos ambiciosos no seu relatório de sustentabilidade de 2017. Com cerca de 1000 slot machines, numerosas mesas com jogos tradicionais como o blackjack, que na sua versão clássica é um dos jogos de casino mais populares no mundo inteiro, Roleta, Texas Hold’Em ou Banca Francesa, entre outros, neste casino (como noutros espaços de caraterísticas similares) o elevado consumo enérgico é uma realidade e uma preocupação constante.
E se até agora só mencionámos casos de setores tradicionais que se foram adaptando às novas preocupações sociais e ambientais, também é importante referir que começam a surgir novos projetos em Portugal que já nascem com a sustentabilidade como conceito de base e como objetivo primordial. E não é necessário sair da capital para analisar um caso muito interessante: o polo eco-style de Lisboa nasceu em março de 2017 na Lx Factory, como um espaço comercial inteiramente dedicado a um estilo de vida ecológico, com produtos sustentáveis e de proximidade.
Estes são apenas alguns exemplos de boas práticas no que diz respeito à sustentabilidade das empresas em Portugal. Mas é importante reforçar que ainda há muito a fazer no nosso país, de forma a preservar o meio ambiente e a melhorar o futuro de todos.
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