Investigadores da Universidade de Stanford desenvolveram uma célula solar de película fina que pode ser aplicada a superfícies como se fosse um autocolante, abrindo uma ampla variedade de superfícies que podem gerar eletricidade.
As células solares convencionais são colocadas em materiais rígidos como o vidro, o que limita a sua utilização. Apesar das células solares de película fina oferecerem flexibilidade, colocá-las em substratos não convencionais também tem apresentado uma série de problemas.
“Os materiais não convencionais ou universais são difíceis de usar para energia fotovoltaica porque geralmente têm superfícies irregulares e não se dão bem com tratamentos térmicos e químicos necessários para produzir as células solares atuais”, explica Xiaolin Zheng, professora assistente de engenharia mecânica na Universidade de Stanford. “Contornámos esses problemas através do desenvolvimento deste processo autocolante, que dá flexibilidade às células solares de película fina e um potencial de fixação nunca antes visto, reduzindo igualmente o custo global e o peso.”
As células solares autocolantes são fabricadas com uma “sandwich” de silicone, dióxido de silicone e metal, que é coberta por um adesivo de libertação térmica, que lhe permite ser removida e, em seguida, aplicada numa nova superfície.
Sendo o suporte de silicone ou vidro reutilizável, a eliminação da necessidade de material de base, que representa tipicamente 25% do custo das células de filme fino convencionais, para a Professora Zheng – vencedora de um U.S. Presidential Early Career Award for Scientists and Engineers – a nova tecnologia poderá traduzir-se em poupanças significativas em termos de produção.
As aplicações destas células solares autocolantes flexíveis são infindáveis, podendo incluir por exemplo capacetes de bicicleta, telemóveis, telhados, janelas curvas ou roupas – basicamente qualquer coisa que se possa imaginar!
Este tema foi sugerido por Pedro Almeida.
Fontes: Stanford, pvmagazine, TreeHugger