Como minimizar e compensar os impactes ambientais do seu projeto?

Tanto projetos no setor da energia, como na construção ou na indústria promovem diversos benefícios importantes para a sociedade desde: energia limpa, mobilidade, emprego e desenvolvimento económico. Por outro lado, é quase inevitável que esses projetos não gerem impactes ambientais. No entanto, com a implementação de medidas de minimização/mitigação e medidas compensatórias é possível gerir de forma responsável e sustentável a proteção da nossa biodiversidade.

As medidas de minimização/mitigação e de compensação poder ter distintos objetivos nos diversos setores.

Para projetos diretamente associados às energias renováveis, os principais objetivos consistem em proteger a fauna e flora, reduzir mortalidade de aves e quirópteros (morcegos), minimizar os impactes na paisagem.

Para projetos de construção e/ou infraestruturas, os objetivos passam por exemplo controlar ruídos, proteger a qualidade da água e dos solos, minimizar fragmentação de habitats, reduzir taxas de mortalidade de fauna (ex: atropelamentos). Já na indústria os objetivos passam por controlar emissões e resíduos e prevenir contaminação de solos e águas.

Minimizar, mitigar e compensar: qual a diferença?

As medidas de minimização/mitigação e compensação têm como objetivo central minimizar os potenciais impactes relativos à instalação de infraestruturas em áreas com uma envolvente rica em biodiversidade.

Minimizar: Agir antes ou durante o projeto para reduzir a intensidade dos impactes.
Exemplo: Definir áreas de menor sensibilidade, evitando áreas protegidas ou áreas que afetem linhas de água.

Mitigar: Aplicar medidas durante ou após a execução para diminuir os impactes já provocados.
Exemplo: Revegetação de áreas degradadas ou criação de corredores ecológicos.

Compensar: Quando os impactes são inevitáveis, devem ser criados benefícios equivalentes ou superiores em outro local.
Exemplo: Reflorestação ou programas de monitorização e conservação.

Prevenção | Evitar impactes desde o início

Ao pensar no projeto desde o planeamento, podemos evitar muitas alterações no ecossistema e reduzir conflitos com a natureza. A prevenção é, por isso, a primeira e mais eficaz etapa na gestão ambiental.

Principais medidas de prevenção:

Antes de qualquer obra, é fundamental analisar a área de implementação do projeto e áreas envolventes e identificar zonas sensíveis, como áreas de nidificação de aves, habitats de espécies vulneráveis, cursos de água ou áreas protegidas. Evitar estas áreas significa reduzir significativamente os impactes ambientais e diminuir a necessidade de medidas corretivas mais tarde.

Ajustar o traçado de estradas, linhas de acesso, posicionamento de turbinas eólicas ou painéis solares ajuda a minimizar a interferência com habitats naturais. Por exemplo, ao contornar áreas com vegetação autóctone ou corredores ecológicos, protege-se a fauna local e reduz-se a fragmentação dos ecossistemas.

Antes de avançar, deve realizar estudos ambientais e levantamentos de campo que permitirão identificar potenciais problemas e antecipar soluções. Isso inclui a análise de solos, biodiversidade, recursos hídricos, paisagem, entre outros.

Minimização/Mitigação | 6 exemplos concretos

Quando não é possível evitar o impacte, entram em ação medidas de minimização ou mitigação, aplicadas durante e após a construção ou operação do projeto. 

  • Paragem temporária de turbinas eólicas
    Monitorização da atividade de aves e morcegos permite parar turbinas em períodos críticos, protegendo a fauna.
  • Barreiras contra o ruído (barreiras acústicas)
    Instalar painéis acústicos reduzem o ruído das intervenções, garantindo mais conforto às comunidades mais próximas.
  • Corredores ecológicos em centrais solares
    Faixas de vegetação natural entre os painéis funcionam como passagens seguras para a fauna.
  • Monitorização da qualidade da água
    Estações de tratamento garantem que a água devolvida ao meio ambiente não contamina rios e linhas de água.
  • Revegetação com espécies nativas
    Após a obra, plantar espécies autóctones ajuda a recuperar habitats, controlar a erosão e melhorar a biodiversidade da zona intervencionada.
  • Passagens de fauna em estradas e ferrovias
    Ecodutos e túneis permitem que os animais cruzem infraestruturas com segurança, mantendo a conectividade ecológica.
Medidas de compensação 

Alguns impactes são inevitáveis. As medidas de compensação procuram criar benefícios equivalentes ou superiores em outras zonas. Alguns exemplos passam por:

  • Reflorestação de áreas degradadas quando não é possível preservar os habitats originais.

  • Programas de monitorização e conservação de espécies vulneráveis, como aves ou morcegos.

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NOCTULA – Consultores em Ambiente apoia na elaboração e implementação de Planos de Gestão e Monitorização de Sistemas Ecológicos, nomeadamente:

 

Para além da monitorização de Sistemas Ecológicos, a NOCTULA apoia na elaboração e implementação:

  • Planos de gestão para espécies específicas de fauna e flora;
  • Medidas de minimização e compensatórias de impactes sobre as mesmas.

 

Trabalhos coordenados pela NOCTULA – Consultores em Ambiente:

 

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