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Quando pensamos no termo Inteligência Artificial é quase impossível não nos lembrarmos de filmes como o “Exterminador Implacável”, “Eu, Robot” ou “A.I. Inteligência Artificial”. Felizmente, a realidade é bastante diferente e não existem robots a tentarem aniquilar a humanidade.
A Inteligência Artificial passa por criar máquinas inteligentes, capazes de adquirir, representar e manipular conhecimento, ou seja, deduzir novos conhecimentos a partir de factos existentes.
A Inteligência Artificial é capaz de criar relações sobre factos e conceitos e com este novo conhecimento adquirido, resolver problemas complexos.
Temos assistido ao longo dos anos à aplicação da Inteligência Artificial a problemas que apenas os humanos mais inteligentes conseguiam resolver. Aliás, a guerra a que temos assistido de homem vs máquina, decorre noutro tipo de campo de batalha.
Em 1997, assistimos a um evento que mudou para sempre a nossa visão sobre as máquinas. Garry Kasparov, campeão do mundo de xadrez, foi derrotado pelo Deep Blue, o computador da IBM. O xadrez é composto por problemas complexos, mas com regras simples e, por isso, era o cenário perfeito para testar as habilidades de cálculo e de resolução de problemas do Deep Blue.
Fonte: site – rafaelleitao.com
Hoje em dia, assistimos à aplicação da Inteligência Artificial no poker, pois nele o jogador tem de lidar com muita informação imperfeita e os problemas a que a Inteligência Artificial se propõe a resolver, podem ser imitados neste tipo de prática desportiva. Desta vez foi Liberatus que derrotou dois jogadores profissionais de poker, no início deste ano. Apesar das jogadas sem falhas por parte da Inteligência Artificial, houve algo que faltou. Faltou a emoção que associamos a este jogo. Eric Hollraiser, porta-voz da PokerStars, frisou precisamente que: “Esta questão limita qualquer ameaça da Inteligência Artificial ao Poker (…). Ainda que, de uma forma funcional e básica a máquina imite o Poker, essa não é a realidade que acontece nas mesas”.
Fonte: site – Leak
No nosso dia a dia a presença da Inteligência Artificial torna-se cada vez mais comum, mesmo que não nos apercebamos disso. Os assistentes pessoais, como por exemplo a Siri, ou os assistentes virtuais, como o mais recente “M”, introduziram-se aos poucos nas nossas ações diárias, com o objetivo de facilitarem a nossa vida. Mas será que a Inteligência Artificial não poderá ter aplicações com um impacto mais profundo na nossa vida e no nosso futuro? A Inteligência Artificial poderá ser precisamente a melhor hipótese que temos para nos ajudar a preservar o planeta Terra.
Sabemos que existem várias espécies que se estão a tornar extintas a um ritmo demasiado rápido, devido à interferência da atividade do ser humano. A extinção das várias espécies tem um impacto devastador no nosso ecossistema e não nos podemos esquecer que dependemos do ecossistema para sobreviver. A polinização, por exemplo, está a ser gravemente afetada pela extinção de espécies animais, levando a que o nosso sistema de agricultura fique em risco, a uma escala global.
A Inteligência Artificial pode ser a solução para ajudar a desacelerar ou até mesmo travar este processo de degradação do nosso ecossistema.
A grande questão a que os cientistas devem tentar responder é: “Será que um sistema de aprendizagem profunda consegue sustentar a autonomia de processos ecológicos não-humanos, sem a interferência direta do ser humano?”
Atualmente, já existe tecnologia que tem como objetivo substituir a ação humana em atividades que estão intimamente ligadas ao ser humano. A Inteligência Artificial tem sido aplicada em sistemas tecnológicos automatizados, como, por exemplo, em carros que se guiam sozinhos.
É precisamente com base nesta tecnologia que assistimos ao uso da Inteligência Artificial ao serviço do nosso ecossistema. O Seaswarm é um exemplo desta aplicação no mundo real. Recorrendo à nanotecnologia, este dispositivo consegue filtrar e limpar águas contaminadas. Visto que possui a capacidade de trabalhar de forma autónoma, vários dispositivos destes conseguiriam trabalhar em conjunto para limpar os nossos mares e a intervenção humana neste processo seria mínima.
Seaswarm
A forma como podemos pôr a Inteligência Artificial ao serviço dos seres humanos e do nosso ecossistema ainda tem imenso por explorar e por descobrir, mas cabe a cada um de nós fazer um esforço para ajudar a mitigar a pesada pegada que o ser humano está a deixar na Terra.