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Portugal em 23.º lugar na lista dos países mais atrativos para investir em energias renováveis

No mais recente Renewable Energy Country Attractiveness Index (RECAI), ranking semestral elaborado pela consultora EY, que classifica os 40 principais mercados do mundo em função das oportunidades de investimento e de desenvolvimento no setor das energias renováveis, Portugal posiciona-se em 23.º lugar na lista dos países mais atrativos para o investimento neste setor.

Portugal obteve os melhores resultados na atratividade para a energia eólica (onshore e offshore) e para a energia solar fotovoltaica. As piores pontuações surgem na categorias referentes à biomassa, energia geotérmica e energia hídrica.

O RECAI consiste num relatório que avalia as barreiras e oportunidades para os investidores externos entrarem no mercado das energias renováveis. A listagem com os principais mercados tem em consideração as condições que cada país tem para o desenvolvimento de diversas tecnologias de eletricidade de origem renovável.

As conclusões deste índice refletem as avaliações da atratividade de cada país e as tendências do mercado global, resultado de um inquérito, cuja metodologia tem em conta:

  • o grau de estabilidade macroeconómica do país;
  • o ambiente empresarial, com prioridade dada às fontes renováveis, políticas de investimento e às condições de financiamento para os projetos.
Análise Geral do relatório

No geral, de acordo com o 59.º índice de atratividade nacional de energias renováveis da EY (RECAI), a segurança energética subiu para o topo da lista de prioridades dos governos, na sequência da instabilidade geopolítica e da espiral dos preços do gás. Como resultado, líderes de todo o mundo estão a tentar acelerar e alargar o âmbito dos seus programas de energias renováveis para ajudar a reduzir a dependência da energia importada.

Principais conclusões a ter em consideração:

  • Preocupações com a segurança energética reforçam o foco dos governos nos programas de energias renováveis;
  • As tecnologias emergentes e os combustíveis verdes, como o hidrogénio verde, serão a chave para reduzir a dependência global do gás;
  • Centrais solares e eólicas flutuantes têm grande potencial à medida que a procura por novas fontes de energia renovável cresce.
  • Se conseguir superar as atuais barreiras ao crescimento, a América Latina é um mercado de energia verde em grande crescimento. O Chile, em particular, é um mercado a ter em conta, na medida em que procura produzir o hidrogénio verde mais barato do mundo. 
Melhores países para investir em energias renováveis

Os Estados Unidos e a China continuem a ser os dois principais mercados com base na atratividade do seu investimento em energias renováveis, mas existem várias mudanças no ranking do Top 10, com o Reino Unido (3.º) a subir dois lugares, a Alemanha (4.º) a subir três e a Espanha (9.º) e os Países Baixos (10.º), a subir um lugar cada. O top 10 é constituído pelos seguintes países:

  • EUA (1º lugar)
  • China (2º lugar)
  • Reino Unido (3º lugar)
  • Alemanha (4º lugar)
  • França (5º lugar)
  • Austrália (6º lugar)
  • India (7º lugar)
  • Japão (8º lugar)
  • Espanha (9º lugar)
  • Holanda (10º lugar)

Esta edição destaca ainda alguns mercados pelos seus progressos notáveis:

Dinamarca devido ao seu objetivo de produzir até 6 GW de hidrogénio anualmente até 2030;

Polónia que lançou concursos para três novas concessões eólicas offshore;

Finlândia que aprovou a introdução de um modelo de leilão para aluguer de águas públicas para o desenvolvimento de energia eólica offshore;

Áustria onde o governo se comprometeu a dar 250 milhões de euros para apoiar o desenvolvimento de energias renováveis;

Grécia que procura duplicar a sua capacidade instalada de energias renováveis para cerca de 19 GW até 2030;

Alemanha que antecipou em 15 anos a sua meta de 100% de energia verde para 2035.

Tecnologias flutuantes

O novo relatório também explora as oportunidades apresentadas pelas tecnologias flutuantes.

A energia eólica offshore continua a ter um grande potencial de investimento. Além dos 11 projetos de energia eólica offshore flutuantes já em funcionamento, mais de 100, com uma capacidade combinada superior a 26,300MW estão em construção, obtiveram aprovação financeira ou regulamentar, ou estão em fase de planeamento inicial.

A energia solar flutuante também está a atrair mais atenção à medida que o custo dos painéis fotovoltaicos cai e a capacidade global cresce. Até agora, a maior parte dos projetos fotovoltaicos são colocados em zonas de água doce, onde o ambiente é relativamente controlado, como por exemplo albufeiras ou barragens, mas há planos para avançar mais para offshore e explorar os recursos infinitamente maiores do mar aberto.

Fonte: EY

Imagem de destaque: EY

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