Uma espécie que é introduzida fora da sua área de distribuição natural, seja de forma acidental ou intencional, é chamada de espécie exótica. Enquanto algumas dessas espécies conseguem adaptar-se e coexistir com as espécies nativas, outras podem escapar ao controle humano e causar impactos negativos nos ecossistemas, como por exemplo a extinção de espécies nativas, a degradação de habitats e ecossistemas raros e ameaçados e a diminuição da produtividade agrícola. Essas são conhecidas como espécies exóticas invasoras.
Uma grande parte das espécies exóticas invasoras não é introduzida intencionalmente, pelo que é fundamental gerir de forma mais eficaz as vias de introdução não intencionais.
Atualmente, as espécies exóticas invasoras estão no top 5 das maiores ameaças à biodiversidade e ecossistemas. Estas espécies têm sido responsáveis pela extinção de plantas e animais nativos, degradação de ecossistemas e comunidades ecológicas raras e ameaçadas, redução das colheitas e declínio da produtividade agrícola.
O uso de espécies invasoras deve ser considerado apenas como último recurso, uma vez que a preservação da biodiversidade está diretamente ligada à proteção das espécies autóctones (ou nativas).
Os trabalhos de monitorização e controlo são fundamentais e particularmente urgentes em zonas com ecossistemas insulares, costeiros e fluviais, bem como em áreas recentemente afetadas por incêndios.
Em Portugal, a riqueza geográfica e paisagística, assim como a elevada diversidade florística, criam condições propícias para a instalação de espécies exóticas. As condições ambientais favoráveis e as alterações provocadas pelas atividades humanas também facilitam a expansão e a invasão dessas espécies, exigindo uma gestão rigorosa e eficaz para prevenir e mitigar os seus impactos negativos.
A detenção, cultivo, criação, comércio, introdução na natureza e o repovoamento de espécies incluídas na Lista Nacional de Espécies Invasoras é proibida por lei (Decreto-Lei n.º 92/2019, de 10 de julho).
Na Europa, existem pelo menos 12.000 espécies exóticas, das quais cerca de 10-15% apresentam comportamentos invasores.
Estas espécies podem levar à extinção local de espécies nativas devido à competição por recursos limitados, hibridização ou disseminação de doenças. Podem também alterar o funcionamento dos ecossistemas, comprometendo serviços ecológicos essenciais como a polinização, a regulação do ciclo da água e o controlo de cheias.
Os impactos económicos das espécies exóticas invasoras são igualmente significativos, afetando a agricultura, a silvicultura e a pesca. Estas espécies representam também riscos para a saúde humana, provocando alergias graves e problemas cutâneos.
Que espécies integram a Lista Nacional de Espécies Invasoras?
- Espécies exóticas com informação científica e técnica suficiente para serem classificadas como invasoras em Portugal Continental;
- Espécies exóticas com dados que permitem classificá-las como invasoras nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira;
- Espécies exóticas consideradas de risco ecológico ou identificadas como invasoras em normas nacionais ou instrumentos internacionais ratificados por Portugal;
- Espécies exóticas invasoras de preocupação para a União Europeia, listadas no âmbito do Reg. (UE) n.º 1143/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de outubro.
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A NOCTULA – Consultores em Ambiente elabora e implementa planos de gestão para espécies específicas de fauna e flora e medidas de minimização e compensatórias de impactes sobre as mesmas.
Trabalhos realizados:
– Monitorização dos núcleos de espécies de Flora Exóticas e Invasoras – Central Solar Fotovoltaica (Fase de Exploração)
– Plano de Monitorização dirigido à espécie Murbeckiella sousae na área dos parques eólicos de Seixinhos e Penedo Ruivo (Serra do Marão).
– Inventariação e cartografia de manchas de Espécies Exóticas Invasoras (Aproveitamento Hidroelétrico do Mel)
– Erradicação e Controlo de Espécies da Flora Exóticas Invasoras (Central Solar Fotovoltaica – Fase de Construção)
Caso necessite de algum serviço na área da Monitorização de Sistemas Ecológicos, não hesite em contactar-nos.
Fontes: ICNF; Invasoras.pt
