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A base de dados de Espécies Invasoras mais completa do mundo

O “Registo Global de Espécies Introduzidas e Invasoras (GRIIS em inglês) é a base de dados mais completa do mundo, está online desde 2016 e pode ser consultada por todos os interessados.

Nesta base de dados encontram-se listas com espécies exóticas (que foram transportadas do seu habitat natural para outros locais) e invasoras (que vêm de outro local, reproduzem-se muito rapidamente e têm um impacto negativo no ambiente e na economia).

A base de dados dispõe de listas de quase 200 países e contêm informações como:

  • a taxonomia,
  • o habitat,
  • a origem,
  • o impacto,
  • as atualizações,
  • as fontes de informação.

 

A elaboração desta base de dados ficou ao encargo de investigadores de cada um dos 200 países. Em Portugal, Elizabete Marchante e Hélia Marchante, biólogas do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra e da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra, respetivamente, editaram a lista das plantas de Portugal, e Maria Paiva, da Universidade Nova de Lisboa, a lista dos insetos.

Elizabete Marchante e Hélia Marchante integram ainda o portal Invasoras.pt. O objetivo deste portal é alertar para o problema das invasões biológicas, dar a conhecer as plantas invasoras a nível nacional e estimular a participação ativa do público, quer no mapeamento destas espécies quer em atividades de controlo e divulgação.

Em declarações ao jornal Público, Elizabete Marchante, afirmou que “esta é uma base de dados bastante completa, no que diz respeito às espécies exóticas e exóticas invasoras a nível mundial, pelo que serve de referência quando se procura informação sobre a espécie x ou y. É também uma ferramenta importante em termos de gestão de espécies invasoras. Por exemplo, quando se pretende introduzir uma espécie num novo território, é essencial assegurar que não tem um comportamento invasor de forma a evitar problemas no futuro.”

A vespa-asiática é das espécies invasoras mais recentes em Portugal

Há muitas bases de dados disponíveis, mas a maioria são nacionais ou regionais, e de um grupo taxonómico específico, pelo que não se encontra informação reunida num só local, com a exceção do Compêndio de Espécies Invasoras (CABI).

Esta é a primeira e abrangente base de dados neste âmbito. Um artigo científico na revista Scientific Data, destaca informação relativa a 20 países, onde se contabilizaram 6414 espécies e 11.320 registos.

O artigo refere que “o transporte e o comércio transacional são os principais fatores, na introduções de novas espécies. Das mais de seis mil espécies dos 20 países, 25% tiveram um impacto negativo na biodiversidade e nos ecossistemas.”

Em Portugal, há várias espécies invasoras que se podem destacar no GRIIS como por exemplo:

– A Acacia dealbata ou a Acacia saligna,

– A háquea-picante (Hakea sericea),

– A erva-das-Pampas (Cortaderia selloana),

– O jacinto-de-água (Eichhornia crassipes),

– A vespa-asiática.

Qual é a principal preocupação?

Helena Freitas, bióloga da Universidade de Coimbra, afirma que “estas espécies representam uma ameaça para as espécies autóctones, ocupando o seu habitat”.

Qual a solução?

Uma das soluções adotadas pelos países para facilitar a gestão das invasões biológicas é produzir e manter listas nacionais de espécies invasoras e invasivas.

Em Portugal, a última lista nacional legal é a de um decreto-lei de 1999. Atualmente aguarda-se uma atualização ou revisão. Na altura Portugal foi dos países pioneiros à escala mundial com esta lista. O regulamento europeu de 2014 integra uma lista mais atualizada das espécies invasoras de Portugal.

Fontes: PúblicoGRIIS, Nature

NOCTULA – Consultores em Ambiente elabora e implementa planos de gestão para espécies específicas de fauna e flora e medidas de minimização e compensatórias de impactes sobre as mesmas.

Fomos responsáveis pela Inventariação e Cartografia de Manchas de Espécies Exóticas Invasoras, na área do Aproveitamento Hidroelétrico do Mel.

Plano de Monitorização dirigido à espécie Murbeckiella sousae na área dos parques eólicos de Seixinhos e Penedo Ruivo (Serra do Marão) foi outro dos trabalhos realizados pela NOCTULA.

Caso necessite de algum serviço nesta área não hesite em contactar-nos.

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