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III Jornadas Quiropterianas (10-11 de Maio)

Nos dias 10 e 11 de Maio decorreu no Palácio Nacional de Mafra, as III Jornadas Quiropterianas, dedicadas inteiramente aos morcegos.

Esta é uma altura muito importante para estes animais tão especiais, pois nesta época do ano, os morcegos em Portugal reúnem-se nos abrigos de maternidade para terem as suas crias.

Para esta iniciativa de dois dias foi preparado um programa especial dedicado ao conhecimento e sensibilização para a conservação dos Morcegos.

Entre as diversas atividades, incluiu-se uma formação para educadores e outros interessados na Escola José Saramago e a atividade BatBlitz, que teve como objetivo recolher informação sobre os morcegos da Tapada de Mafra.

Este  momento de exploração do mundo dos morcegos decorreu através de visitas noturnas, gratuitas ao público, na Tapada Nacional de Mafra, que atualmente regista 14 espécies de morcegos.

Luísa Rodrigues técnica do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) explica que os especialistas estão organizados em quatro estações de amostragem, em que cada uma vai usar uma metodologia diferente, com a captura com redes finas, registo acústico com detetores automáticos e registo acústico com detetores manuais.

O evento terminou às 22h30 com apresentação dos resultados obtidos em cada estação de amostragem.

O BatBlitz faz parte das celebrações da 28ª Noite Internacional dos Morcegos, iniciativa da Eurobats que pretende abordar questões sobre a importância dos morcegos, sobre como se alimentam e como são estudados.

No dia 11 realizaram-se as III Jornadas Quiropterianas na Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra, onde a comunidade científica vai apresentar trabalhos académicos sobre a conservação dos morcegos.

Esta iniciativa foi organizada pela Morcegos.pt uma associação dedicada à promoção da investigação e conservação das populações de morcegos em Portugal.

As principais ameaças dos morcegos

Luísa Rodrigues do ICNF explica que “talvez a maior ameaça à generalidade dos morcegos de Portugal seja a “alteração do coberto vegetal”.

Para além desta ameaça, estão outras como o uso de pesticidas e as alterações climáticas, que trazem episódios climatéricos extremos. Uma das consequências é a alteração dos ritmos biológicos de alguns morcegos, com espécies a registar nascimentos mais cedo, porque os Invernos são mais amenos. O problema é que nessa altura ainda não há insetos suficientes para as alimentar. Contudo, Luísa Rodrigues, considera que apesar das pressões e ameaças que enfrentam, os morcegos em Portugal têm uma situação estável.

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