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Inventariação e cartografia de manchas de Espécies Exóticas Invasoras

A NOCTULA – Consultores em Ambiente foi a empresa responsável pela Inventariação e Cartografia de Manchas de Espécies Exóticas Invasoras, na área do Aproveitamento Hidroelétrico do Mel e envolvente próxima.

A elaboração do plano de Monitorização da Dispersão de Espécies Exóticas Invasoras, levado a cabo pela equipa da NOCTULA, teve como objetivo a avaliação da expansão das manchas de vegetação com caráter invasor em todos os locais intervencionados durante a construção do Aproveitamento Hidroelétrico do Mel.

O que é uma Espécie Invasora?

Uma espécie exótica passa a ser considerada invasora quando produz populações reprodutoras numerosas e separadas da inicial, independentemente do grau de perturbação do meio e sem a intervenção direta do Homem.

Alguns estímulos naturais, como a alteração do uso do solo ou o controlo de outras espécies invasoras, podem fomentar o risco de invasão, constituindo oportunidades para o estabelecimento das exóticas invasoras.

As espécies exóticas invasoras possuem caraterísticas que facilitam a sua expansão, como a produção de um elevado número de sementes, ausência de inimigos naturais, crescimento rápido e produção de substâncias alelopáticas (substâncias químicas que influenciam de forma favorável ou desfavorável o desenvolvimento de outras plantas).

Conheça aqui algumas das espécies invasoras mais bonitas de Portugal: http://noctulachannel.com/plantas-invasoras-portugal/.

Espécie Invasora – Azedas (Oxalis pes-caprae)

Espécie Invasora – Hortência (Hydrangea macrophylla)

O número de espécies de plantas exóticas (incluindo espécies casuais, naturalizadas e invasoras) tem aumentado muito, ascendendo atualmente a cerca de 670 espécies, o que corresponde a aproximadamente 18% da flora nativa.

Das espécies de plantas exóticas referidas para Portugal, várias são consideradas invasoras constituindo uma séria ameaça para os ecossistemas. 

Em Portugal continental aproximadamente 15% das espécies exóticas têm comportamento invasor, ainda que algumas revelem esse comportamento em apenas alguns locais.

Se detetadas precocemente através da monitorização do território, as plantas invasoras apresentam uma distribuição muito limitada, podendo proceder-se à sua erradicação com custos relativamente baixos. Se não se impedir a expansão da espécie invasora, a erradicação torna-se praticamente impossível e os custos para a sua gestão tornam-se cada vez mais elevados.

A monitorização de uma espécie invasora exige uma gestão bem planeada, que inclua a determinação da área invadida, a avaliação da sua expansão ao longo do tempo e a identificação das potenciais causas da invasão. 

Para a monitorização no AH do Mel, os parâmetros para cada mancha de espécies exóticas invasoras identificada na área de estudo foram:

  • Identificação da espécie invasora;
  • Localização geográfica do centróide;
  • Área ocupada.

Realizou-se uma primeira campanha de caraterização e atualização da situação de referência na fase de pré-construção, no final de inverno/início da primavera, uma vez que este período corresponde à época de floração das espécies invasoras que são mais frequentes na região, facilitando assim a sua deteção.

Para a inventariação e monitorização dos núcleos/manchas de espécies exóticas invasoras presentes na área do Aproveitamento Hidroelétrico do Mel, toda a área foi percorrida a pé, utilizando os caminhos existentes.  Para as áreas com menor acessibilidade, recorreu-se ao uso de imagens de satélite e cartas militares.

Uma vez identificadas as manchas de Espécies Exóticas Invasoras no terreno, cada um dos núcleos é desenhado em mapa e posteriormente digitalizado com recurso a Sistemas de Informação Geográfica.

A fase de pré-construção compreende exclusivamente à obtenção de informação, no que respeita à inventariação e cartografia das manchas existentes. Neste sentido, os dados recolhidos corresponderam sobretudo ao:

  1. número de manchas inventariadas;
  2. à espécie exótica invasora a que pertencem;
  3. à sua posição geográfica;
  4.  à área que ocupam.

 

Após a fase de monitorização, os dados recolhidos são comparados com os dados que vierem a ser recolhidos durante a fase de exploração do projeto, de modo a avaliar eventuais alterações e impactos no funcionamento do Aproveitamento Hidroelétrico. 

Caso seja identificada a necessidade de adoção de medidas de mitigação, estas serão propostas ao promotor  e à Comissão de Avaliação do projeto.

NOCTULA – Consultores em Ambiente elabora e implementa planos de gestão para espécies específicas de fauna e flora e medidas de minimização e compensatórias de impactes sobre as mesmas.

O Plano de Monitorização dirigido à espécie Murbeckiella sousae na área dos parques eólicos de Seixinhos e Penedo Ruivo (Serra do Marão) foi um dos muitos trabalhos realizados pela NOCTULA – Consultores em Ambiente no âmbito da Monitorização de Sistemas Ecológicos.

Caso necessite de algum serviço na área da Monitorização de Sistemas Ecológicos, não hesite em contactar-nos.

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