As vantagens em melhorar a composição da floresta portuguesa, com recurso a espécies autóctones como carvalhos, medronheiros, castanheiros ou sobreiros, etc, são evidentes. Estas espécies estão mais adaptadas às condições climáticas locais, sendo por isso mais resistente a pragas, doenças, longos períodos de seca ou de chuva intensa. Contribuem ainda para a mitigação das alterações climáticas e são mais resistente a essas mesmas alterações, bem como aos incêndios florestais.
O projeto Floresta Comum, abriu um novo período de candidaturas à Bolsa Nacional de Espécies Florestais Autóctones, que decorreu até ao dia 30 de setembro de 2024. A divulgação dos resultados das candidaturas e atribuição das espécies ocorre em outubro. Já o seu levantamento será entre os meses de novembro e janeiro.
Fase de candidaturas (2024-2025)
As candidaturas foram dirigidas a todas as entidades com responsabilidade de gestão de terrenos públicos ou comunitários (baldios), desde autarquias (Câmaras Municipais e Juntas e Freguesia), outras entidades públicas e os órgãos gestores de baldios.
O período de candidaturas conta com uma disponibilidade de mais de 90 mil exemplares de espécies florestais autóctones, disponíveis nos 4 viveiros do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
As plantas estão disponíveis para a próxima época de (re) arborização, de novembro de 2024 a fevereiro de 2025.
Tipologias das candidaturas:
- Projetos florestais ou de conservação da natureza e recuperação da biodiversidade;
- Projetos educativos, incluindo projetos de parques florestais urbanos.
Projeto Floresta Comum
O projeto Floresta Comum tem como objetivo incentivar a criação de uma floresta autóctone com altos níveis de biodiversidade e de produção de bens e serviços de ecossistema. É parcialmente financiado pelo projeto Green Cork – reciclagem de rolhas de cortiça e conta ainda com o mecenato da REN – Redes Energéticas Nacionais.
O projeto é uma parceria entre a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, o ICNF, a Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Projeto “Uma Árvore pela Floresta”
Como complemento ao projeto Floresta Comum, a Quercus em parceria com os CTT, desenvolveram o projeto “Uma Árvore pela Floresta” que está de volta para uma nova edição.
“Uma Árvore pela Floresta” é uma iniciativa desenvolvida também com o objetivo de plantação de árvores de espécies autóctones em Portugal.
Todos os anos, o projeto “Uma Árvore Pela Floresta” elege uma espécie autóctone ou uma floresta de Portugal com o intuito de a divulgar e dar a conhecer.
Esta nova Edição é representada pela Floresta Laurissilva, uma floresta comum nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores.
Os kits vendidos são convertidos em árvores de espécies autóctones, como o freixo, o sobreiro, a azinheira, o medronheiro, ou o castanheiro, com o objetivo de serem plantadas na próxima época de (re) arborização, de novembro de 2024 a fevereiro de 2025, em áreas ardidas e/ou em Áreas Protegidas e Zonas Classificadas do território nacional.
Esta iniciativa permite contribuir para a criação de bosques mais sustentáveis e resistentes aos fogos, sensibilizando a sociedade para a importância da biodiversidade e da prevenção dos incêndios florestais.
A NOCTULA – Consultores em Ambiente elabora e implementa planos de gestão para espécies de fauna e flora e medidas de minimização/compensação de impactes sobre as mesmas.
O Plano de Monitorização dirigido à espécie Murbeckiella sousae na área dos parques eólicos de Seixinhos e Penedo Ruivo (Serra do Marão), assim como o Plano de Florestação e Monitorização para o Parque Eólico de Mirandela, foram alguns dos trabalhos realizados pela NOCTULA – Consultores em Ambiente neste âmbito.
Caso necessite deste tipo de serviços, não hesite em contactar-nos.
Fontes: Quercus, Floresta Comum