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Relatório do Estado do Ambiente (REA 2022)

No dia em que se assinalaram os 50 anos do Dia Mundial do Ambiente, a Agência Portuguesa do Ambiente – APA divulgou o mais recente Relatório do Estado do Ambiente (REA 2022).
 
Este documento retrata a evolução das políticas e medidas nacionais implementadas em matéria de ambiente e desenvolvimento sustentável, apresentando os progressos alcançados, com especial enfoque no último ano.
 
São monitorizados anualmente 43 indicadores, que demonstram as tendências de evolução em matéria de ambiente nos domínios: Economia e AmbienteEnergia e ClimaTransportesArÁguaSolo e BiodiversidadeResíduos e Riscos Ambientais.
Principais conclusões do REA 2022:

Domínio “Energia e Clima”

Relativamente aos instrumentos de gestão ambiental, verificou-se que nos últimos 15 anos o número de organizações certificadas pela Norma ISO 14001, em Portugal, aumentou de 435 em 2006 para 1 309 em 2021.

— No que respeita às energias renováveis, 61,1% da energia elétrica produzida em Portugal em 2021 teve origem em fontes de energias renováveis. De 2016 para 2021 o incremento das tecnologias fotovoltaica, biomassa e eólica foram responsáveis por 9,2% na produção de eletricidade. Em 2021, Portugal beneficiou de uma incorporação de renováveis no setor da eletricidade de 58,4%, o que representou a quarta taxa mais alta da União Europeia a 27.
 

— Em Portugal, no ano de 2020, o total emissões de gases com efeito de estufa (GEE), incluindo o setor florestal e alteração de uso do solo, foi de 52,9 Mt de CO2 eq., o que representa uma redução de 10,6% face a 2019. As emissões totais apresentam uma redução de cerca de 33%, face aos níveis de 2005, tendo cumprido com superação a meta estabelecida para 2020 no Programa Nacional para as Alterações Climáticas (redução entre 18% a 23%). 

— O setor da energia, incluindo transportes, é o principal responsável pelas emissões de GEE, representando 67,1% das emissões nacionais em 2020, apresentando um decréscimo de 20,5% face a 2019.
 
Domínio “Ar”
 
— Nos últimos anos, a classe predominante do Índice da Qualidade do Ar (IQAr) tem sido “Bom”, tendência que se manteve em 2021.
 
—  A poluição por partículas inaláveis, regista um ligeiro decréscimo das concentrações deste poluente em 2021.
 
— A poluição atmosférica por dióxido de azoto, que resulta fundamentalmente do tráfego rodoviário, registou um ligeiro acréscimo no Porto Litoral face a 2021.
 
Domínio “Água”
 
— Mantém-se o excelente nível de qualidade da água para consumo humano (99% de água segura na torneira do consumidor em 2021, pelo 7.º ano consecutivo). 
 
— Em 2021, também se manteve a excelente qualidade das águas balneares monitorizadas.
 
— O indicador disponibilidades hídricas superficiais e subterrâneas permite avaliar se o ano foi húmido, médio ou seco. O ano hidrológico de 2021/2022 terminou com as reservas hídricas superficiais abaixo da média em doze das quinze bacias hidrográficas analisadas. No que se refere ao armazenamento das albufeiras, todas as regiões apresentam reservas significativamente abaixo da média.
 
Domínio “Solo e biodiversidade”
 
— Este domínio revela o interesse da população pela biodiversidade e pela conservação e utilização sustentável dos ecossistemas, que se manifesta, designadamente, no número total de visitantes nas áreas protegidas que, em 2019, ascendeu aproximadamente a meio milhão. Este valor, que diminuiu significativamente em 2020, registou, em 2021, uma recuperação de 14%, com 205 302 visitantes. 
 
Domínio “Resíduos”
 
— Em 2021, a produção de resíduos urbanos (RU) em Portugal continental foi de cerca de 5,04 milhões de toneladas (mais 0,6% face a 2020), o que corresponde a uma produção diária de 1,40 kg por habitante. 
 
— Já no que diz respeito à produção de resíduos perigosos (RP), Portugal registou, em 2020, cerca de 935 mil toneladas, o que corresponde a uma redução de 18% face a 2018, ano em que atingiu um máximo de cerca de 1 115 mil toneladas.
 

Fonte: APA 

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