No mais recente Renewable Energy Country Attractiveness Index (RECAI), ranking semestral elaborado pela consultora EY que classifica os 40 principais mercados do mundo em função das oportunidades de investimento e de desenvolvimento no setor das energias renováveis, Portugal posiciona-se em 25.º lugar na lista dos países mais atrativos para o investimento neste setor.
A recente edição inclui uma nova visão do índice, que normaliza o produto interno bruto (PIB), mostrando assim mercados que estão a ter um desempenho acima das expectativas face à dimensão do seu PIB. É neste índice que Portugal se destaca, ocupando o 8.º lugar do ranking.
O ranking normalizado tem em consideração os países mais pequenos, o que permite destacar “muitos mercados pequenos onde a energia renovável está a crescer rapidamente e onde está a tornar-se altamente atrativa para os investidores”, refere o relatório.
Destaques do RECAI
— Os EUA mantêm a primeira posição devido à Lei de Redução da Inflação, aprovada em agosto de 2022, que é vista como uma ferramenta revolucionária para a indústria do hidrogénio verde.
— O segundo lugar pertence à China que continua empenhada na aceleração da sua transição de energias renováveis, uma vez que procura atingir o pico de emissões até 2030, bem como alcançar emissões net zero até 2060.
— A Alemanha ocupa a terceira posição, devido à importância do setor das energias renováveis impulsionado pelo compromisso do pacote da Páscoa que deverá triplicar a sua expansão no prazo de uma década.
— O Reino Unido tem perdido posições no ranking, no entanto, o país dispõe de um grande pipeline, com o vento offshore a ocupar um lugar proeminente na estratégia energética do governo.
— A Holanda entrou no top 10 do índice RECAI com a sua agenda ambiciosa de energia limpa, que inclui uma meta de 70GW de energia eólica offshore até 2050.
Sobre Portugal, os responsáveis pelo relatório referem que na última década o foco eram as energias hídrica e eólica, mas 2019 marcou o ponto de inflexão para Portugal e para a energia solar fotovoltaica. “Após vários anos de subinvestimento nesta tecnologia, os leilões solares e a nova capacidade do contexto português (cerca de 2,3 GW a mais) mudaram o mercado. Portugal está atualmente no caminho certo para que, até 2030, 80% da sua geração de eletricidade advenha de fontes renováveis”.
A recente edição do RECAI, lançado no Dia da Energia na 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (COP 27), mostra que os governos do mundo estão a acelerar os respetivos programas de energias renováveis, para ajudar na redução da sua dependência de energia importada face às contínuas tensões geopolíticas e à incerteza económica.
Fonte: Ey