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Conservação e reintrodução de espécies: Uma década depois, como está o Lince-Ibérico?

lince-ibérico (Lynx pardinus) é uma espécie classificada desde 22 de Junho de 2015, como espécie em Perigo de extinção, depois de anos na categoria mais elevada – “Criticamente em Perigo”, atribuída pela International Union for the Conservation of Nature(IUCN).

Esta melhoria no estatuto de conservação apenas foi possível graças aos programas de conservação e de reintrodução da espécie, desenvolvidos desde 2009, no Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico, em Silves (Portugal)Os esforços de conservação têm sido partilhados por Portugal e Espanha e já começaram a produzir bons resultados.

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) apresentou no inicio do ano 2018, um comunicado onde reforça o balanço positivo da reintrodução da espécie em ambiente natural.

O ICNF indica que até ao final do ano de 2017 foram libertados 27 animais, sendo que durante estes anos, nasceram 16 crias. Afirma ainda que apesar dos bons resultados, “a estabilização da população só será conseguida a médio prazo”.

Os 27 linces foram libertados num território com cerca de 125 quilómetros quadrados, distribuídos pelos concelhos de Mértola, Serpa e Castro Verde. Dispõem de condições naturais para procriar e de uma razoável densidade de coelhos-bravos, o seu suporte alimentar. O ICNF realça, que “grande parte do sucesso da reintrodução do lince, está ligado à elevada abundância de coelho-bravo nestas áreas geográficas”.

Imagem retirada da plataforma: Flickr

Atualmente estima-se que existam na natureza (Portugal e Espanha), quase 550 linces-ibéricos.

Para este sucesso, contribui também o atual programa de conservação e recuperação da distribuição histórica do Lince ibérico – Life+IBERLINCE, cofinanciado pela Comissão europeia. O programa reúne 22 parceiros, dos quais cinco são portugueses: ICNF, Associação Iberlinx, EDIA, Infraestruturas de Portugal e Câmara Municipal de Moura.

Apesar do sucesso da criação em cativeiro e da sua reintrodução no meio natural, este predador ainda continua ameaçado pela escassez de alimento, a ocupação humana dos seus habitats e a baixa diversidade genética.

O lince-ibérico teve um declínio acentuado na segunda metade do século XX, por isso, em 2002 foi classificado com o estatuto de “criticamente em perigo”. Este felino quase desapareceu do meio natural ao longo das últimas décadas devido “à construção de estradas, o desenvolvimento urbanístico e a exploração agrícola intensiva”, além da perseguição dos caçadores que o consideravam um rival na disputa pelo coelho-bravo.

Apesar dos esforços, esta espécie ainda está classificada com o estatuto de “em perigo” e as ameaças também persistem durante o processo de reintrodução do lince nos seus antigos habitats.

O biólogo Pedro Sarmento, do ICNF, descreve as principais dificuldades que se colocam à preservação desta espécie:

  • a contínua perda de habitat ocupado pelas atividades humanas,
  • a reduzida abundância de coelho na Península Ibérica,
  • o aparecimento de uma nova ameaça: a leucemia felina.

 

Pode ler também os seguintes artigos:

 

Fonte: Público

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  • Aves,
  • Mamíferos terrestres, marinhos e voadores,
  • Fito e Zooplâncton,
  • Invertebrados,
  • Herpetofauna (anfíbios e répteis),
  • Flora, Vegetação e Habitats.

 

Trabalhos realizados pela NOCTULA nesta área:

 

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