Decorreu até ao dia 12 de Maio, a 4º Semana sobre Espécies Invasoras – Portugal & Espanha (SEI2024), que teve como objetivo aumentar a sensibilização sobre as invasões biológicas a nível da Península Ibérica & Ilhas.
Esta iniciativa foi promovida pela Rede Portuguesa de Estudo e Gestão de Espécies Invasoras – Rede InvECO, pela plataforma INVASORAS.PT, pelos projetos LIFE COOP Cortaderia e LIFE INVASAQUA e pelo Grupo Especialista em Invasiones Biólogicas.
Muitas das plantas que observamos à nossa volta vieram de outras regiões e são por isso, consideradas espécies exóticas. Entre essas, algumas são invasoras. Atualmente, a legislação em vigor em Portugal – Decreto-Lei nº 92/2019 (Continente e Madeira) e Decreto Legislativo Regional n.º 15/2012/A (Açores) – lista mais de 200 espécies de plantas como invasoras.
As espécies exóticas invasoras são consideradas uma das principais ameaças à biodiversidade a nível global (a 5ª ameaça, de acordo com a IPBES – Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas).
Todos os cidadãos podem ter um papel relevante não só na prevenção das invasões biológicas, mas também na mitigação dos seus impactes. No entanto, esta temática continua a ser desconhecida e é nesse contexto, que surge a #SEI2024.
A 4º Semana sobre Espécies Invasoras – Portugal & Espanha (SEI2024) contou com mais de 180 entidades inscritas que organizam mais de 300 atividades, como por exemplo, ações de controlo com voluntários, palestras de divulgação, percursos interpretativos e seminários online.
No mapa abaixo pode visualizar os locais onde se realizaram as atividades promovidas pelas diversas Entidades/ Associações/ Grupos distribuídas por Portugal & Espanha.
A introdução destas espécies, de forma intencional ou não, está diretamente ligada às atividades humanas. Uma das principais vias de introdução é o transporte global de mercadorias por terra e mar, outra é o interesse recreativo, como a caça e a pesca e há também a questão ornamental, como é o caso de muitas plantas utilizadas em jardinagem.
Mas as espécies invasoras não afetam apenas a natureza, também promovem diversos impactes económicos derivados da sua gestão, como por exemplo o jacinto-de-água (Eichhornia crassipes) que diminui a utilização de água ou as acácias que surgem frequentemente nas áreas de produção florestal.
Há também que ter em conta os impactes na saúde humana, devido à transmissão de doenças, como é o caso da alergia que algumas espécies produzem, como o pólen das ervas-das-Pampas ou das acácias e mimosas.
A NOCTULA – Consultores em Ambiente elabora e implementa planos de gestão para espécies específicas de fauna e flora e medidas de minimização e compensatórias de impactes sobre as mesmas.
O Plano de Monitorização dirigido à espécie Murbeckiella sousae na área dos parques eólicos de Seixinhos e Penedo Ruivo (Serra do Marão) foi um dos muitos trabalhos realizados pela NOCTULA – Consultores em Ambiente no âmbito da Monitorização de Sistemas Ecológicos.
Outros trabalhos neste âmbito:
Erradicação e Controlo de Espécies da Flora Exóticas Invasoras – Central Solar Fotovoltaica
Inventariação e cartografia de manchas de Espécies Exóticas Invasoras
Caso necessite de algum serviço na área da Monitorização de Sistemas Ecológicos, não hesite em contactar-nos.
Fontes: SPECO; Invasoras.pt; Wilder