A IEA – International Energy Agency, publicou recentemente um relatório intitulado “Renováveis 2017”, que mostra o ritmo de crescimento das várias fontes de energia utilizadas no mundo. Como principais focos, o relatório refere que foram criados 165 gigawatts de energias renováveis no ano de 2016, correspondendo a dois terços da expansão líquida da oferta de eletricidade a nível mundial.
O relatório realça ainda que a geração solar fotovoltaica veio para ficar, substituindo de forma clara os combustíveis fósseis. Segundo o relatório, em 2016, a energia solar fotovoltaica cresceu muito mais rápido do que qualquer outro combustível, registando um aumento de 50%, ultrapassando assim o crescimento líquido do carvão, até hoje o maior produtor de energia.
De todo o volume de energia extra produzido no planeta, a energia solar fotovoltaica foi responsável por 74 gigawatts de potência a mais no mundo. Mais de metade de todo este volume foi registado apenas na China, que já ultrapassou a meta de energia solar fotovoltaica de 2020, 3 anos antes do tempo previsto.
A instalação de painéis fotovoltaicos na China cresceu 125% só em 2016, investindo mais do que a Europa, os EUA e o Japão juntos. Com estes investimentos, a China procura reduzir sua dependência do carvão e ao mesmo tempo diminuir a poluição do ar e degradação ambiental.
Em comunicado, Fatih Birol, diretor-executivo da IEA, referiu que “estamos a testemunhar ao nascimento de uma nova era na energia solar fotovoltaica”, realçando que “é esperado que o crescimento da capacidade da energia solar fotovoltaica seja maior que qualquer outra tecnologia renovável até 2022”.
O relatório “Renováveis 2017” indica que os EUA, a China e a Índia são os países que mais têm desenvolvido este setor. Estas três potências mundiais representam dois terços da expansão da ‘energia limpa’ em todo o mundo. Nos próximos 5 anos, deverão chegar à meta de 1.000 gigawatts. Esta quantidade de eletricidade ultrapassam o consumo da China, da Índia e da Alemanha juntos e equivale a cerca de metade da atual capacidade global de energia do carvão, que levou 80 anos para construir, refere o Fatih Birol.
A capacidade de energia renovável na Índia, por exemplo, será mais do dobro. A energia solar e a eólica juntas representam cerca de 90% do crescimento Índia, crescimento suficiente para ultrapassar a expansão da União Europeia. Já os EUA, mesmo com todas as incertezas políticas do governo de Trump, os EUA continuam a ser o 2º maior mercado de crescimento para as energias renováveis.
O avanço da tecnologia terá uma enorme influência no crescimento das energias renováveis daqui para a frente, sendo que os biocombustíveis também terão um papel mais ativo na indústria do transportes. No final de 2016, representavam 96% do total dos transportes renováveis”, acrescentou, Paolo Frankl, chefe do departamento de Energia Renovável da IEA.
É certo que o número de veículos elétricos irá duplicar até 2022, mas os biocombustíveis representarão 93% das energias renováveis consumidas no setor de transporte, especialmente para veículos mais pesados, como os aviões e os navios, estima a IEA.
Juntando a produção de energia de todas as fontes renováveis (solar, eólica e hidroelétrica), estima-se que produziram mais de 164 gigawatts em 2016, liderando o crescimento, uma vez que o carvão e gás apenas produziram 84 gigawatts na totalidade.
Estes números marcam o 6º ano consecutivo em que as energias limpas estabeleceram novos recordes. A produção em massa e o distanciamento dos governos em relação aos pagamentos fixos pelas energias renováveis reduziram o custo da tecnologia eólica e solar. Pode consultar o relatório “Renováveis 2017”, aqui.
Fontes: Jornal Económico, Exame.Abril, IEA
A NOCTULA – Consultores em Ambiente já coordenou vários estudos para o setor da Energia Solar Fotovoltaica, nomeadamente:
- Pedido de Enquadramento em AIA – Central Solar Fotovoltaica de Selmes;
- Pedido de Enquadramento em AIA – Central Solar Fotovoltaica de Montemor;
- Estudo de Incidências Ambientais (EIncA) relativo ao projeto Central Fotovoltaica, localizada em Ovar. Foi ainda responsável pela gestão ambiental e pelo acompanhamento arqueológico da obra de construção da mesma Central Fotovoltaica.
- Estudo de Impacte Ambiental (EIA) – Central Fotovoltaica de Lupina;
- Estudo de Incidências Ambientais (EIncA) – Central Fotovoltaica de Mogadouro.
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