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Portugal entre os 15 melhores países no ranking da Sustentabilidade Energética

Foi recentemente divulgado o World Energy Trilema Index 2021, relatório elaborado pelo Conselho Mundial de Energia e pela consultora Oliver Wyman, que classifica 127 países em função dos progressos realizados a caminho da sustentabilidade energética.

A Europa destaca-se no topo do ranking devido à sua estratégia energética fortemente orientada para a sustentabilidade em detrimento dos combustíveis fósseis.

Em relação ao ano anterior, a Suécia, Suíça e Dinamarca mantêm os 3 primeiros lugares. Já Portugal ocupa atualmente a 14ª posição no ranking, subindo 5 posições face a 2020. Esta posição é ocupada em conjunto com a Lituânia.

O objetivo do World Energy Trilema Index consiste em fornecer insights sobre o desempenho energético, considerando e avaliado três dimensões:

  1. segurança energética;
  2. equidade energética;
  3. sustentabilidade ambiental.

 

Desta forma, o relatório destaca os desafios de cada país, permitindo demonstrar quais são as oportunidades para melhorar no que diz respeito  às metas de energia atuais e do futuro.

Este relatório pretende informar os formuladores de políticas, líderes de energia e do setor financeiro e  investimentos, fornecendo comparações entre países, em cada uma das três dimensões.

Na classificação geral do índice Trilema (que engloba as três vertentes), Portugal obteve a pontuação final de 76.1.

No que diz respeito ao parâmetro segurança energética, Portugal está posicionado na 31ª posição. A segurança energética destaca a importância de políticas energéticas sólidas para aproveitar ao máximo os recursos e ao mesmo tempo, diversificar e descarbonizar os sistemas energéticos.

Nesta categoria, o top 10 é ocupado essencialmente por países da OECD, liderado pelo Canadá, Finlândia e Romênia. O Brasil é o único país não pertencente à OCDE a figurar na lista dos 10 primeiros em segurança energética, devido aos seus significativos recursos de hidrocarbonetos e sistema de energia descarbonizado, principalmente através de investimentos em energia solar e eólica, que proporcionam segurança por meio da diversidade.

Na equidade energética, que se refere à capacidade de garantir o acesso a uma energia economicamente acessível e segura, “fator-chave da prosperidade económica”, Portugal encontra-se na 27ª posição do ranking.

O Qatar, Kuwait e Emirados Árabes Unidos lideram a lista dos 10 melhores países avaliados nesta categoria. As pontuações destas 3 nações devem-se essencialmente ao facto de serem países pequenos e ricos, com alto PIB e baixos preços de energia por meio de subsídios e/ou recursos de energia significativos de fácil extração.

Ainda nesta categoria, países como o Nepal, Camboja e Quénia registam melhorias significativas no acesso à eletricidade, em grande parte devido à implementação de políticas governamentais.

Por fim, o domínio da sustentabilidade ambiental, que representa o caminho para a descarbonização, é liderado pela Suíça, Suécia Uruguai e Noruega, países que mostram fortes esforços nas suas políticas para descarbonizar e diversificar os sistemas de energia.

“Um sistema energético diversificado, apoiado por fortes instrumentos políticos para reduzir significativamente as emissões de gases com efeito de estufa, juntamente com medidas de eficiência energética, proporcionam um forte desempenho na dimensão da sustentabilidade ambiental.”

Portugal obteve a sua melhor pontuação neste domínio, ocupando o 23ª lugar da classificação, fruto do compromisso do país em atingir a neutralidade climática em 2050, de acordo com o Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC) e o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050.

Principais conclusões:
  • Em 2020, um ano marcado pela pandemia e que desencadeou uma queda significativa na procura de energia (baixou 17% em abril na Europa no pico do primeiro confinamento), as energias renováveis ganharam espaço no continente Europeu, gerando até 38% da eletricidade consumida e superando pela primeira vez o carvão e o gás como principal fonte de geração de eletricidade.
  • Apesar de não liderar, a Europa ainda conseguiu uma pontuação elevada no domínio da equidade de energia, melhorando as pontuações em 2021, apesar da pandemia ter exposto vulnerabilidades sociais e mais preocupações sobre o acesso à energia.
  • Os países no Top são semelhantes aos dos anos anteriores. Todos estão na OCDE e incluem países com políticas de energia bem estabelecidas.
  • Os três primeiros lugares do top 10 são liderados pela da Suécia, Suíça e Dinamarca, que têm um bom desempenho nos três domínios avaliados e têm políticas energéticas bem estabelecidas que promovem energias diversificadas e descarbonizantes. 
  • Dos 3 líderes do ranking apenas a Dinamarca possui recursos nativos de hidrocarbonetos, mas o país passou do pico de produção e concentrou-se no estabelecimento da energia eólica offshore.
  • Todos os 3 países do topo do ranking têm acesso universal à energia limpa, mas têm uma diminuição no domínio da equidade energética devido aos preços de combustível que são mais elevados do que a média.
  • A lista inclui 5 países asiáticos, 3 da América Latina e 2 da África. Todos são caracterizados por níveis historicamente baixos de acesso à energia, mas têm feito esforços significativos para estender as suas redes e aumentaram o acesso à energia nos últimos anos.

Conheça em detalhe todas as conclusões deste estudo. Clique AQUI.

No geral os países estão cada vez mais concentrados na necessidade de abordar as questões climáticas, exemplo disso é a COP26 (26a Conferência das Partes sobre as Alterações Climáticas da ONU), que se realiza de 31 de outubro a 12 de novembro em Glasgow (Reino Unido) e irá atuar como um ponto fulcral para muitos países reverem as suas políticas de energia e discutir os próximos passos para completar a implementação do Acordo de Paris. 

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  • Pedidos de Enquadramento no RJAIA;
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  • Estudos de Macrocondicionantes Ambientais;
  • Relatórios de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE);
  • Elaboração e Implementação de Medidas Minimizadoras e Compensatórias (Planos de monitorização).
 

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